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As ações brasileiras que mais geram retorno, segundo levantamento

24 maio 2021, 17:15 - atualizado em 24 maio 2021, 17:15
A ação do Magalu foi a que mais gerou retorno aos acionistas entre 2016 e 2020, com média anual de de 226,4% (Imagem: LinkedIn/Magazine Luiza)

O Magazine Luiza (MGLU3) é a empresa que mais gera retorno aos seus acionistas, revelou o levantamento global “The 2021 Value Creators Rankings”, do Boston Consulting Group (BCG). A companhia teve uma média anual de TSR (sigla para Total Shareholder Return, em inglês) de 226,4% entre 2016 e 2020, o que a posiciona como a ação mais rentável no varejo e no mundo.

Outras empresas brasileiras marcam presença no ranking mundial. Ainda na indústria do varejo, a B2W (BTOW3) posiciona-se entre as dez principais ações.

A ação da B3 (B3SA3) está em terceiro lugar na categoria de provedores de infraestrutura financeira, acumulando dentro de cinco anos uma média de 45,6% de retorno.

Na parte de maquinarias, a WEG (WEGE3) figura entre os três principais ativos com melhor retorno aos acionistas. A empresa atingiu TSR de cinco anos de 48,3%.

Em metais, Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) foram reconhecidas no ranking. A primeira ocupa a terceira posição da categoria, com TSR de 58,1%. A segunda, acumulando retorno de 41,2%, ganhou o oitavo lugar da lista.

O setor com mais representantes brasileiros, no entanto, foi o bancário. Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Itaúsa (ITSA4) fazem parte do ranking, com retornos de 26,6%, 24,7% e 24,2%, respectivamente.

Falando em Itaúsa, a Duratex (DTEX3), controlada da holding, é líder na categoria de produtos ligados à celulose.

Em bens de consumo não duráveis, Natura (NTCO3) representa o mercado brasileiro na sétima colocação. Na parte de viagens e turismo, Localiza (RENT3) garantiu a terceira posição, com TSR de 58,1%. A Eletrobras (ELET3) é a principal ação brasileira do setor de energia e gás.

Vale
As large caps Vale e Petrobras também compõem o ranking das empresas com maior criação de valor em 2021 (Imagem: Facebook/Vale)

As grandes companhias, como Vale (VALE3), do setor de mineração, e Petrobras (PETR4), de petróleo, também estão presentes na edição desse ano. Elas apresentaram TSR de 51% e 35,4%, respectivamente, e fazem parte do ranking das melhores large caps, empresas com capitalização de mercado de, no mínimo, US$ 68 bilhões.

Tendência de alta

A pandemia de Covid-19 trouxe algumas mudanças estruturais no ranking, que apresentou uma dispersão de TSR maior do que o normal entre empresas e indústrias. Enquanto os setores de tecnologia, energias renováveis e farmacêutico aceleraram o indicador, mais pelo foco dos consumidores no longo prazo, as categorias de viagens e turismo, bem como de petróleo e gás, sofreram duramente com as restrições de deslocamento implementadas em diversas regiões do mundo.

No entanto, para muitas indústrias, 2020 ampliou uma tendência de alta que já estava acontecendo.

“Múltiplos de valuation significativamente mais altos têm sustentado boa parte desse desempenho robusto por parte de tecnologia, medtech, infraestrutura financeira e outras indústrias com melhores performances. Por exemplo, as companhias tecnológicas, em média, viram seus múltiplos P/L (preço sobre lucro) subirem 78% de dezembro de 2015 até dezembro de 2020”, disse o BCG.

Com a forte retomada do mercado de capitais ao longo do ano passado, o BCG enxerga um cenário mais desafiador para que a trajetória de criação de valor siga em ascendência.

Os dados do BCG são de 31 de dezembro de 2020. Para a realização do levantamento, foram avaliadas 2.400 ações.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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