Ataque ao Irã abala mercados globais e faz petróleo disparar; Petrobras (PETR4) avança

Os mercados globais abriram em queda nesta sexta-feira (13) após a escalada de um novo conflito no Oriente Médio. Na noite de quinta (12), Israel atacou autoridades do Irã, o que elevou as tensões sobre os ativos de risco e fez o petróleo disparar.
No Giro do Mercado, a jornalista Paula Comassetto recebeu Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, para repercutir o clima global após o aumento das tensões geopolíticas com o conflito. O analista ressalta que cabe ao investidor tentar se proteger.
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“Como investidor, nunca temos uma bola de cristal ou alguma forma de saber o que pode acontecer. Mas olhando para o preço do petróleo, por exemplo, quando estava em torno de US$ 60 nós víamos uma assimetria. Você tem que olhar o cenário, os preços e entender se faz sentido se expor em determinado ativo”, disse Hungria.
Segundo o especialista, as carteiras da Empiricus estão há algum tempo aumentando a exposição ao petróleo, seja através de ações ligadas ao setor ou através de opções ligadas ao ativo.
Hungria destaca o envolvimento dos Estados Unidos na crise entre Israel e Irã, que pode acabar influenciando negativamente as perspectivas para a inflação do país e, consequentemente, a discussão pela queda dos juros.
Ibovespa recua e petroleiras sobem
No cenário doméstico, o Ibovespa (IBOV) recua em linha com os mercados globais. Por volta das 13h30, o principal índice da bolsa brasileira caía 0,4%.
No entanto, com a alta do petróleo, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) chegaram a subir mais de 2%. PetroRecôncavo (RECV3), Prio (PRIO3) e Brava Energia (BRAV3) também operam em alta.
“As petroleiras abriram com uma alta muito maior. Quando acontece o evento, em questão de horas os investidores começam a ajustar suas posições e às vezes ocorrem movimentos exagerados que acabam se estabilizando. Mas ainda assim, elas estão subindo em um dia muito ruim para o mercado”, afirmou Hungria.
Alheia a crise, a maior alta do dia é da Suzano (SUZB3), que sobe mais de 3% após o Goldman Sachs elevar a recomendação.
Na ponta negativa do índice, CVC (CVCB3) e Magazine Luiza (MGLU3) caem mais de 6% e lideram as baixas do dia.
O programa ainda abordou outros fatores que impulsionam as ações da Petrobras, como uma eventual grande distribuição de dividendos para ajudar nas contas do governo. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.
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