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Até 60% de lucro em dezembro: Brasil já tem ETFs de Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas

16 jan 2024, 16:17 - atualizado em 16 jan 2024, 16:17
O Brasil já tem um mercado de criptoativos na bolsa
A Faria Lima pode adquirir criptoativos à vista na bolsa desde 2021 (imagem: DALL-E/Pedro Pligher/Money Times)

A aprovação de ETFs (Exchange Traded Funds) de Bitcoin no mercado à vista pode ser uma novidade para os americanos, mas para os brasileiros, a oportunidade de aportar recursos em criptomoedas através da bolsa já estava disponível desde 2021.

“Isso já mostra o quão avançado estamos, no ponto de vista regulatório” afirma o especialista em fintechs Bruno Diniz, da consultoria Spiralem.

Segundo ele, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) foi ágil para avaliar e aprovar os ETFs locais, que oferecem ainda mais oportunidades. “Nos EUA temos hoje os ETFs de Bitcoin ‘puro’, ou seja, que aportam somente nesta criptomoeda”, diz.

No caso do Brasil, a CVM permitiu ainda aportes em outros ativos, não ficando só na famosa criptomoeda. “Por aqui já estamos mais sofisticados nesse aspecto”, afirma Diniz.

“Na B3 já temos cestas com diferentes criptoativos no mesmo ETF”. É o que algumas gestoras dos EUA tentam agora viabilizar no país, pleiteando a abertura de ETFs de outros criptoativos, como o Ethereum (ETH).

ETF nos EUA ainda é divisor de águas

A permissão da CVM americana para os ETFs de Bitcoin ainda é um divisor de águas, segundo Diniz, da Spiralem, que diz que a medida pode atrair até investidores institucionais.

“O impacto no mercado norte-americano é gigante, porque a gente tem aí diferentes players, como os fundos de pensão, bem como diferentes gestores que têm teses bem restritivas no que podem investir. Mas com essa facilidade de acesso via ETF, já se abre muito o leque de investimentos, fortalecendo o mercado cripto tradicional”, afirma.

ETFs de Bitcoin e outras criptos lideraram dezembro

No mês passado, os ETFs de criptomoeda listados na B3 renderam até 60,3%, caso do CF WEB 3.0 Smart Contract Platforms Market Cap Index (WEB311).

Esse ETF, da gestora Hashdex, foca nos contratos inteligentes. Esses contratos são protocolos de software que facilitam, verificam ou executam a negociação de um contrato de forma automática e descentralizada, usando a tecnologia blockchain sem a necessidade de intermediários.

Para isso, são usadas criptomoedas nessas transações, como a Ethereum. Já a Web3 é uma tecnologia construída sobre a estrutura das plataformas de contratos inteligentes.

Segundo a Hashdex, o “índice acompanha as principais plataformas de contratos inteligentes. À medida que esse ecossistema ganha adoção, as plataformas são mais demandadas e os respectivos criptoativos tendem a se valorizar”. Ele está exposto a 18 criptomoedas (veja aqui).

Em 2º lugar, está outro ETF voltado aos contratos inteligentes, o MVIS Crypto Compare Smart Contract Leaders Index (BLOK11). Ele está sob gestão da Investo, gestora focada em ETFs, e rendeu 45,6% no mês passado.

10 ETFs que mais renderam em dezembro, segundo a B3

TICKER ETF SEGMENTO VARIAÇÃO EM DEZEMBRO
WEB311 CF Web 3.0 Smart Contract Platforms Market Cap Index – Brazil Criptomoedas – Smart Contracts 60,3%
BLOK11 MVIS Crypto Compare Smart Contract Leaders Index Criptomoedas – Smart Contracts 45,6%
META11 CF Digital Culture Composite Index – Modified Market Cap Weight – BRT Criptomoedas 31,9%
NFTS11 MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders Index Criptomoedas – NFTs 24,3%
DEFI11 CF DeFi Composite Index – Modified Market Cap Weight Criptomoedas – DeFi 21,7%
QDFI11 Bloomberg Galaxy DeFi Index Criptomoedas – DeFi 21%
BITI11 Bloomberg Galaxy Bitcoin Index Criptomoedas – Bitcoin 18,9%
BTEK11 S&P Biotechnology Select Industry Index Ações – Tecnologia 18,6%
QETH11 CME CF Ether-Dollar Reference Rate Criptomoedas – Ether 17,7%
SHOT11 S&PKENSHO MOONSHOTS Ações – Amplo 15,8%

repórter
Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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