Até onde vai o preço do bitcoin (BTC)? Analistas comentam recuperação — e o que não pode acontecer agora
O bitcoin (BTC) parece ter criado um novo suporte de preços após recobrar patamares psicológicos de preço acima dos US$ 85.000. A recuperação está longe de reverter as perdas de mais de 5% nos últimos sete dias, mas o mercado parece relativamente mais animado do que há duas semanas.
“O bitcoin atingiu a mínima de US$ 80.600 na última sexta-feira (21). Este valor não era visto desde abril deste ano. Após chegar a essa faixa de preço, o BTC iniciou um movimento corretivo até atingir, até o momento desta publicação, a máxima de US$ 88.127”, escreveu Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio.
Para Mattos, o fluxo de demanda compradora durante a queda pode levar o preço do BTC para novos patamares de resistências de curto e médio prazo, entre os US$ 88.800 e US$ 94.500.
Já para os analistas da Vault Capital, um ponto relevante a ser analisado é que o indicador de média móvel (MVRV) de curto prazo do bitcoin, que chegou a uma zona de deep value, o que normalmente representa uma área interessantes para compras e possíveis reversões.
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“Quando os short-term holders (STH) entram em pânico, realizando prejuízo e evitando o mercado, isso geralmente indica que o fundo está próximo, ou até já foi formado”, escreveu Marco Aurélio Camargo, CIO da Vault Capital.
Com isso, o BTC deve sustentar o patamar de preços acima dos US$ 88.000 para que possa buscar a faixa dos US$ 93.500, onde a pressão vendedora começa a perder força.
“A recuperação da zona dos US$ 95.000 recolocar o preço novamente nos trilhos para testar a região psicológica dos US$ 100.000; um rompimento consistente desse patamar tende a impulsionar o mercado ainda mais”, conclui.
O outro lado da (cripto)moeda: Queda do bitcoin (BTC)
Contudo, os analistas entendem que o cenário macroeconômico é extremamente volátil e incerto pela frente, o que pode reverter a tendência positiva de curto prazo.
“Gosto da recuperação do Bitcoin até o momento, mas ainda falta aquela pressão compradora realmente forte. Os compradores ainda não conseguiram mostrar toda sua força, em grande parte porque os ETFs seguem realizando vendas, algo que pode diminuir ao longo da semana”, diz Camargo.
“O que não queremos ver são fechamentos semanais abaixo dos US$ 86.000 ou, pior ainda, a perda dos US$ 80.000. Esse cenário poderia desencadear quedas mais profundas, levando o preço a testar a área de desvio entre US$ 78.000 e US$ 74.000”.
Para Mattos, da Ripio, se houver retomada do movimento de baixa, haverá suporte de curto e médio prazo nas regiões de liquidez dos US$ 82.500 e US$ 79.000.