AgroTimes

Atlas mapeia oportunidades para investimentos em cogeração de energia de biomassas

06 maio 2021, 14:56 - atualizado em 06 maio 2021, 15:12
Cana-de-Açúcar
Potencial de energia elétrica a partir de resíduos das usinas de cana ainda tem potencialidades pouco exploradas (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Se fosse somado o aproveitamento de todas as biomassas na geração de energia elétrica no estado de São Paulo, caberia todinho no consumo residencial dos 645 municípios paulistas.

Esta é parte das conclusões que empresas e gestores públicos podem conhecer através do Atlas de Bioenergia, produzido, pela equipe do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), da USP, para nortear potenciais investimentos.

De um lado, o trabalho incentiva a maior adoção de novas fontes de energia; do outro, e em conjunto, oferece um espelho de possibilidades para se mitigar os prejuízos ambientais que a matriz energética hídrica convencional proporciona.

O mapeamento, liderado pela equipe da professora Suani Coelho, e que contou com pesquisadores da Escola Politécnica e da Unesp, parte tanto das fontes disponíveis, de acordo com a concentração produtiva no Estado, quanto, portanto, do potencial estimado para cada município.

Não haveria de ser diferente o papel do setor sucroalcooleiro como o mais importante em São Paulo. Enquanto cogerador de energia a partir do bagaço da cana-de-açúcar, o potencial já é bastante aproveitado, ainda que caiba mais, mas é no biogás e no biometano, também derivados das usinas, é que Suane enxerga boas oportunidades.

Cerca de 24% do consumo de energia elétrica no maior estado consumidor brasileiro, em 2018, poderia ter sido atendido somente com o biogás, dada a grande concentração de usinas produtoras de açúcar e etanol, mostra o Atlas.

Algumas unidades já estão com aproveitamento avançado, incluindo, por exemplo, o projeto da Usina Cocal, que prevê, inclusive, gasoduto para o biometano gerado na região de Narandiba, como destaca a coordenadora do Atlas de Bioenergia.

O trabalho encomendado pela Cesp (CESP3), antes da privatização, é completado pela abrangência das potencialidades, ao esquadrinhar outros resíduos agropecuários como fontes geradoras de energia elétrica.

A professora Suani Coelho, engenheira química de formação, lembra de resíduos de várias outras commodities, da laranja à soja, da criação de animais à silvicultura.

Resíduos sólidos urbanos também mereceram análises, no trabalho que por hora está disponível no site do IEE, mas proximamente também deverá ser impresso.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.