Aura Minerals (AURA33), Camil (CAML3), GPA (PCAR3) e outros destaques desta quarta-feira (16)

Aura Minerals (AURA33) irá iniciar a sua operação na Nasdaq nesta quarta-feira (16) sob o ticker AUGO, Conselho da Randon (RAPT4) aprova emissão de ações de até R$ 200 milhões — esses são alguns dos destaques corporativos de hoje (16).
Confira os destaques corporativos de hoje
Aura estreia na Nasdaq e levanta US$ 196 milhões em IPO nos EUA
A Aura Minerals (AURA33) anunciou a precificação de sua oferta pública inicial de ações (IPO) nos Estados Unidos, com a distribuição de 8.100.510 ações ordinárias ao preço de US$ 24,25 por papel.
A operação movimentará aproximadamente US$ 196 milhões (cerca de R$ 1,06 bilhão ao câmbio atual), desconsiderando a opção adicional de ações concedida aos bancos coordenadores.
Com a operação, a mineradora inicia sua negociação na Nasdaq Global Select Market, sob o ticker AUGO, parte de sua estratégia para transferir o principal local de listagem para os EUA, aumentando a liquidez dos papéis e ampliando o acesso a investidores globais.
A empresa informou que não haverá direito de preferência para os atuais detentores de BDRs listados na B3, nem qualquer oferta pública no Brasil, conforme exigências legais da CVM.
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Camil (CAML3) registra queda de 16% no lucro no 1T25, impactado por recuo em volume de vendas e preços
A processadora de alimentos Camil (CAML3) apresentou na terça-feira (15) seus resultados referente ao primeiro trimestre do ciclo 2025 (1T25), entre março e maio. Com queda no volume de vendas em relação ao mesmo período de 2024, o lucro da companhia também recuou.
O lucro líquido da Camil somou R$ 66 milhões no período, recuo de 16% ante o primeiro trimestre contábil de 2024. Por outro lado, houve uma recuperação em relação ao trimestre entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, quando a companhia amargou prejuízo de quase R$ 25 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 8,4% na comparação anual, ficando em R$ 233 milhões. A margem Ebitda ficou praticamente estável, em 8,7%.
Com a margem estável, o que afetou a lucratividade da Camil em relação ao 1T24 foram as receitas. Houve queda de 7% em um ano, para R$ 2,7 bilhões.
As vendas no mercado brasileiro foram o principal fator que explica este recuo no faturamento da companhia no começo de 2025.
Conselho da Randon (RAPT4) aprova emissão de ações de até R$ 200 milhões
O Conselho de Administração da fabricante de implementos rodoviários, Randon (RAPT4), aprovou um aumento de capital mediante subscrição privada de novas ações ordinárias e preferenciais, totalizando um valor de até R$ 200 milhões.
Em fato relevante, o grupo informou que o valor do aumento de capital será entre R$ 76,2 milhões e R$ 200 milhões, a ser utilizado para fortalecer sua estrutura de capital e patrimônio.
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O preço de emissão será de R$ 7,14 por ação ordinária e R$ 7,87 por ação preferencial, representando descontos de 9,2% e 2,6%, respectivamente, quando comparados ao preço de fechamento do pregão prévio ao anúncio, a R$ 7,87 para a ação ordinária e R$ 8,08 para a ação preferencial.
Poderão ser emitidas até 9,3 milhões de ações ordinárias e quase 17 milhões de ações preferenciais.
Família Coelho Diniz chega a mais de 17% de participação no capital do GPA (PCAR3)
A disputa por maior poder de decisão dentro do GPA (PCAR3), ou Grupo Pão de Açúcar, ganha um novo capítulo nesta semana. A família Coelho Diniz, que tem uma rede varejista com seu nome em Minas Gerais, atingiu mais de 17% de participação no capital da holding que detém as redes de supermercados Pão de Açúcar e Extra.
Os cinco membros da família Coelho Diniz detinham 10% do capital do GPA até a última segunda-feira (14), quando enviaram correspondência que comunica o aumento da fatia para 17,7%. Cada um possui 3,54% do total de ações ordinárias do GPA.
Assim, em conjunto, a família Coelho Diniz se torna a segunda maior acionista do GPA, atrás somente da empresa francesa Segisor, que tem pouco mais de 20% do capital. A Segisor se tornou acionista após reorganização societária realizada em 2015 pela Casino, antiga controladora do Grupo Pão de Açúcar.
A intenção do Grupo Coelho Diniz, que tem uma rede de 24 supermercados em Minas, é aumentar seu poder de decisão no GPA. Atualmente, André Luiz Coelho Diniz já faz parte do conselho de administração, que conta também com Edison Ticle, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Minerva (BEEF3).
Outra acionista relevante do GPA é a gestora norte-america Nuveen, que detém mais de 8% das ações.
Helbor (HBOR3) e Trisul (TRIS3): Vendas caem no 2T25; veja os destaques
As construtoras Helbor (HBOR3) e Trisul (TRIS3) divulgaram suas prévias operacionais do segundo trimestre de 2025, ambas com um ponto em comum: queda nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.
A Helbor registrou um VGV (Valor Geral de Vendas) líquido de R$ 277 milhões no trimestre, queda de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024.
O desempenho foi ainda mais fraco no segmento de lançamentos totais: R$ 212 milhões em VGV, recuo de 20% na base anual e 56% ante o primeiro trimestre.
Por outro lado, quando se considera só VGV de lançamentos da Helbor, houve melhora de 32,5%, para R$ 212 milhões.
O VSO (Velocidade de Vendas) ficou em 18%, com leve melhora de 1 ponto percentual no comparativo anual.
No 1º semestre de 2025, a companhia lançou quatro empreendimentos com VGV líquido total de R$ 703,5 milhões (51% participação da Helbor).
A Trisul também reportou queda no trimestre. As vendas brutas somaram R$ 318 milhões, redução de 5,2% em relação ao 2T24. Já as vendas contratadas totalizaram R$ 284 milhões, recuo de 9,3%.
O número de unidades vendidas e o próprio VSO também registraram retração, reforçando a leitura de um trimestre mais fraco em ritmo de comercialização.
Por outro lado, a Trisul destacou a manutenção de banco de terrenos, com R$ 5,7 bilhões em VGV potencial, garantindo espaço para crescimento futuro.
*Com informações da Reuters