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Aura Minerals (AURA33), Camil (CAML3), GPA (PCAR3) e outros destaques desta quarta-feira (16)

16 jul 2025, 9:54 - atualizado em 16 jul 2025, 11:08
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Aura Minerals, Camil, GPA estão entre os destaques corporativos desta quarta-feira. (Imagem: REUTERS/Kacper Pempel)

Aura Minerals (AURA33) irá iniciar a sua operação na Nasdaq nesta quarta-feira (16) sob o ticker AUGO, Conselho da Randon (RAPT4) aprova emissão de ações de até R$ 200 milhões — esses são alguns dos destaques corporativos de hoje (16).

Confira os destaques corporativos de hoje

Aura estreia na Nasdaq e levanta US$ 196 milhões em IPO nos EUA

Aura Minerals (AURA33) anunciou a precificação de sua oferta pública inicial de ações (IPO) nos Estados Unidos, com a distribuição de 8.100.510 ações ordinárias ao preço de US$ 24,25 por papel.

A operação movimentará aproximadamente US$ 196 milhões (cerca de R$ 1,06 bilhão ao câmbio atual), desconsiderando a opção adicional de ações concedida aos bancos coordenadores.

Com a operação, a mineradora inicia sua negociação na Nasdaq Global Select Market, sob o ticker AUGO, parte de sua estratégia para transferir o principal local de listagem para os EUA, aumentando a liquidez dos papéis e ampliando o acesso a investidores globais.

A empresa informou que não haverá direito de preferência para os atuais detentores de BDRs listados na B3, nem qualquer oferta pública no Brasil, conforme exigências legais da CVM.

Camil (CAML3) registra queda de 16% no lucro no 1T25, impactado por recuo em volume de vendas e preços

A processadora de alimentos Camil (CAML3) apresentou na terça-feira (15) seus resultados referente ao primeiro trimestre do ciclo 2025 (1T25), entre março e maio. Com queda no volume de vendas em relação ao mesmo período de 2024, o lucro da companhia também recuou.

O lucro líquido da Camil somou R$ 66 milhões no período, recuo de 16% ante o primeiro trimestre contábil de 2024. Por outro lado, houve uma recuperação em relação ao trimestre entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, quando a companhia amargou prejuízo de quase R$ 25 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 8,4% na comparação anual, ficando em R$ 233 milhões. A margem Ebitda ficou praticamente estável, em 8,7%.

Com a margem estável, o que afetou a lucratividade da Camil em relação ao 1T24 foram as receitas. Houve queda de 7% em um ano, para R$ 2,7 bilhões.

As vendas no mercado brasileiro foram o principal fator que explica este recuo no faturamento da companhia no começo de 2025.

Conselho da Randon (RAPT4) aprova emissão de ações de até R$ 200 milhões

O Conselho de Administração da fabricante de implementos rodoviários, Randon (RAPT4), aprovou um aumento de capital mediante subscrição privada de novas ações ordinárias e preferenciais, totalizando um valor de até R$ 200 milhões.

Em fato relevante, o grupo informou que o valor do aumento de capital será entre R$ 76,2 milhões e R$ 200 milhões, a ser utilizado para fortalecer sua estrutura de capital e patrimônio.

O preço de emissão será de R$ 7,14 por ação ordinária e R$ 7,87 por ação preferencial, representando descontos de 9,2% e 2,6%, respectivamente, quando comparados ao preço de fechamento do pregão prévio ao anúncio, a R$ 7,87 para a ação ordinária e R$ 8,08 para a ação preferencial.

Poderão ser emitidas até 9,3 milhões de ações ordinárias e quase 17 milhões de ações preferenciais.

Família Coelho Diniz chega a mais de 17% de participação no capital do GPA (PCAR3)

A disputa por maior poder de decisão dentro do GPA (PCAR3), ou Grupo Pão de Açúcar, ganha um novo capítulo nesta semana. A família Coelho Diniz, que tem uma rede varejista com seu nome em Minas Gerais, atingiu mais de 17% de participação no capital da holding que detém as redes de supermercados Pão de Açúcar e Extra.

Os cinco membros da família Coelho Diniz detinham 10% do capital do GPA até a última segunda-feira (14), quando enviaram correspondência que comunica o aumento da fatia para 17,7%. Cada um possui 3,54% do total de ações ordinárias do GPA.

Assim, em conjunto, a família Coelho Diniz se torna a segunda maior acionista do GPA, atrás somente da empresa francesa Segisor, que tem pouco mais de 20% do capital. A Segisor se tornou acionista após reorganização societária realizada em 2015 pela Casino, antiga controladora do Grupo Pão de Açúcar.

A intenção do Grupo Coelho Diniz, que tem uma rede de 24 supermercados em Minas, é aumentar seu poder de decisão no GPA. Atualmente, André Luiz Coelho Diniz já faz parte do conselho de administração, que conta também com Edison Ticle, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Minerva (BEEF3).

Outra acionista relevante do GPA é a gestora norte-america Nuveen, que detém mais de 8% das ações.

Helbor (HBOR3) e Trisul (TRIS3): Vendas caem no 2T25; veja os destaques

As construtoras Helbor (HBOR3) e Trisul (TRIS3) divulgaram suas prévias operacionais do segundo trimestre de 2025, ambas com um ponto em comum: queda nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.

A Helbor registrou um VGV (Valor Geral de Vendas) líquido de R$ 277 milhões no trimestre, queda de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024.

O desempenho foi ainda mais fraco no segmento de lançamentos totais: R$ 212 milhões em VGV, recuo de 20% na base anual e 56% ante o primeiro trimestre.

Por outro lado, quando se considera só VGV de lançamentos da Helbor, houve melhora de 32,5%, para R$ 212 milhões.

VSO (Velocidade de Vendas) ficou em 18%, com leve melhora de 1 ponto percentual no comparativo anual.

No 1º semestre de 2025, a companhia lançou quatro empreendimentos com VGV líquido total de R$ 703,5 milhões (51% participação da Helbor).

Trisul também reportou queda no trimestre. As vendas brutas somaram R$ 318 milhões, redução de 5,2% em relação ao 2T24. Já as vendas contratadas totalizaram R$ 284 milhões, recuo de 9,3%.

O número de unidades vendidas e o próprio VSO também registraram retração, reforçando a leitura de um trimestre mais fraco em ritmo de comercialização.

Por outro lado, a Trisul destacou a manutenção de banco de terrenos, com R$ 5,7 bilhões em VGV potencial, garantindo espaço para crescimento futuro.

*Com informações da Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
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