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Auren (AURE3) dispara mais de 13% mesmo após reportar queda no lucro; o que está por trás da alta das ações?

08 maio 2025, 11:59 - atualizado em 08 maio 2025, 11:59
Auren
Os analistas avaliam que os resultados operacionais da Auren vieram mais fortes que o esperado, com destaque para o Ebitda (Imagem: Linkedin)

As ações da Auren Energia (AURE3) operam entre as maiores altas do  Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (8), surfando na onda do apetite ao risco no mercado doméstico e a reação ao balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25). 

Por volta de 11h30 (horário de Brasília), AURE3 subia 11,61%, a R$ 9,71. Na máxima intradia, a ação da companhia elétrica atingiu alta de 13,68% e acumula mais de 11% de valorização no ano. Acompanhe o Tempo Real. 



A companhia teve um lucro líquido de R$ 54 milhões no 1T25, 64,3% menor em relação ao mesmo período do ano passado. 

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado pró-forma da elétrica totalizou R$1,2 bilhão nos primeiros três meses do ano, crescimento de 65,7% no comparativo anual. 

Do total do Ebitda, R$1,1 bilhão foi resultado do segmento de geração, que cresceu 50% ano a ano, impulsionado principalmente pelo maior volume de energia produzida. 

A Auren também destacou esforços para redução da alavancagem, que caiu para 5 vezes a relação da dívida líquida sobre Ebitda no final de março, contra 5,7 vezes no mesmo período do ano passado. 

Por que AURE3 opera em forte alta? 

Apesar da queda no lucro líquido no 1T25, os analistas avaliam que os resultados operacionais da companhia elétrica foram fortes e acima das expectativas, com destaque para o crescimento do Ebitda  e a redução do nível de endividamento. 

Para a XP, os números superaram as projeções. O Ebitda ajustado, por exemplo, ficou 22% acima das estimativas da corretora. 

A Auren também reportou números positivos de geração eólica no período, refletindo a melhoria na disponibilidade dos ativos incorporados como parte de sua estratégia, na visão dos analistas Vladimir Pinto e Bruno Vidal. 

Já o Citi destacou a fusão entre a Auren e a AES Brasil. “Apesar da escala da transação e dos potenciais ganhos de sinergia (que ainda não foram concretizados), a reação dos investidores ao negócio tem sido relativamente discreta”, escreveram os analistas João Pimentel e Felipe Lenza em relatório. 

Segundo a companhia, a conclusão da combinação de negócios deve acontecer até o segundo semestre deste ano. A operação movimentou R$ 7 bilhões e tornou a Auren a terceira maior geradora de energia do país, com uma capacidade instalada total de 8,8 GW.

É hora de comprar as ações? 

Os analistas reiteraram a recomendação de compra para as ações AURE3 após o balanço do 1T25. 

O BTG Pactual considera que a Auren segue como oportunidade atrativa em cenário de juros elevados. O banco tem preço-alvo de R$ 13,50 — o que representa um potencial de valorização de 55,2% sobre o preço de fechamento anterior, na última quarta-feira (7). 

O Citi, que tem recomendação de compra, atualizou as estimativas e cortou o preço-alvo de R$ 14,50 para R$ 11 — o que ainda representa um potencial de valorização de 26,5% sobre o preço da véspera (7). 

Nas contas do banco, as ações da elétrica estão sendo negociadas a uma TIR (taxa interna de retorno) implícita “mais atrativa” de 12,4%. “Continuamos a apreciar o sólido histórico de execução da empresa e acreditamos que a equipe de gestão está bem posicionada para cumprir sua estratégia de recuperação”, afirmaram os analistas em relatório. 

Além disso, o “alto perfil de alavancagem da Auren a torna efetivamente uma das melhores apostas macroeconômicas do setor: com cerca de dois terços de seu valor empresarial composto por dívida, o preço das ações deve se beneficiar significativamente de qualquer potencial queda nas taxas de juros”, acrescentaram. 

A XP tem preço-alvo de R$ 13,30, representando um possível salto de 52,9%. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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