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Auren (AURE3) tem lucro 10% maior no 1T24 e vê mais consumidores atrás de contratação de energia

07 maio 2024, 20:00 - atualizado em 07 maio 2024, 20:01
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A elétrica controlada por Votorantim e CPP Investments divulgou nesta terça-feira um lucro líquido de 253,6 milhões de reais (Imagem: Pixabay)

A geradora renovável Auren (AURE3) fechou o primeiro trimestre com lucro 10% maior, impulsionado por efeito positivo da alta de preços de energia sobre os contratos de sua comercializadora, e aposta em uma tendência ainda positiva para venda de energia a grandes e médios consumidores nos próximos meses, disse à Reuters um executivo da companhia.

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A elétrica controlada por Votorantim e CPP Investments divulgou nesta terça-feira um lucro líquido de 253,6 milhões de reais, 10,3% superior ao mesmo período um ano antes, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou 599,6 milhões de reais, aumento de 32,7%.

Os números foram puxados principalmente pela marcação a mercado em contratos de compra e venda de energia na esteira da alta de preços registrados no mercado livre no início deste ano, quando houve frustração com as chuvas em período importante para o setor elétrico brasileiro.

Excluindo o efeito não caixa da marcação a mercado, o Ebitda ajustado da Auren foi de 360,0 milhões de reais, queda de 9,1% na comparação anual, refletindo desempenhos menos favoráveis tanto da geração hidrelétrica quanto da eólica.

Segundo o vice-presidente financeiro da Auren, Mario Bertoncini, como os preços mostraram reação nos primeiros meses do ano, a companhia aproveitou para vender energia e se beneficiar da tendência.

“A partir de outubro do ano passado, a gente passou a vislumbrar alguma possibilidade de ‘secamento’ dos mapas hidrológicos. A gente começou a comprar energia e vendemos ao longo do primeiro trimestre, com ganhos bastante importantes”.

Ele afirmou ainda que a mudança do cenário de preço da energia levou a uma reação dos consumidores de médio e grande porte principalmente a partir de abril.

“Fevereiro, março, a gente não via clientes no mercado, a gente via mais ‘brokers’ zerando as suas posições… Clientes, de uma maneira mais consistente, entraram a partir de abril no mercado. Abril foi muito bom, esse início de maio a gente tem cotações importantes de clientes, tanto de grande porte, quanto de médio porte”.

Bertoncini avaliou que os consumidores devem continuar nos próximos meses com compras de energia por prazos mais longos, desde que não haja “solavanco para baixo” dos preços, o que costuma desestimular o apetite de contratação de longo prazo.

“Se os preços de médio e longo prazo, que dão tônica dos contratos de consumo, se mantiverem estáveis, ou até eventualmente um pouco mais para cima, eu acho que a demanda deve continuar nos níveis em que estão”.

Em relação a novas oportunidades de crescimento, ele citou avanços na construção do empreendimento de geração solar e eólica Sol de Jaíba (MG), que terá cerca de 620 MW de capacidade e está metade operacional, e afirmou que a companhia deve seguir desenvolvendo novas usinas híbridas, com potencial para pelo menos mais 220 MW.

Ele ressaltou também que a Auren segue avaliando oportunidades de aquisições de ativos de geração e que está preparada e capitalizada para um movimento do tipo. A empresa encerrou o primeiro trimestre com mais de 3 bilhões de reais em caixa e alavancagem financeira de 1,9 vez.

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