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Axia, antiga Eletrobras (ELET3): Vale a pena comprar o papel para embolsar os R$ 4,3 bi em dividendos?

06 nov 2025, 13:01 - atualizado em 06 nov 2025, 13:01
(Imagem: Divulgação)

As ações da Axia Energia, antiga Eletrobras (ELET3; ELET6) avançam mais de 3% nesta quinta-feira (6), impulsionadas pelos fortes resultados da companhia no terceiro trimestre de 2025 (3T25).

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Tanto as ações ordinárias (ELET3), quanto as preferenciais (ELET6) operam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) no dia, puxando a alta da bolsa brasileira. No acumulado de 2025, os papéis da Axia sobem mais de 60%.

O desempenho renovou o otimismo do mercado com a ex-Eletrobras, que segue colhendo os frutos de sua reestruturação e gestão ativa de portfólio energético. A companhia ainda anunciou o pagamento de dividendos de R$ 4,3 bilhões.

O BTG Pactual lembra que o Ebitda regulatório ajustado da companhia — excluindo participações — atingiu R$ 5,9 bilhões, 20% acima da estimativa do banco.

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Já o lucro líquido contábil, calculado conforme as normas internacionais de contabilidade (IFRS), somou R$ 2,2 bilhões, muito acima da projeção de R$ 651 milhões.

Os analistas destacam que o bom desempenho ocorreu mesmo com a fraca geração hidrelétrica no país, medida pelo chamado GSF — fator que compara a energia efetivamente gerada pelas usinas com a garantia física contratada.

No trimestre, o GSF foi negativo em 35%, ou seja, a produção do país ficou abaixo do esperado.

“Alcançar uma margem bruta e um lucro tão altos nesse cenário mostra que a empresa antecipou com precisão as condições do mercado”, diz o relatório.

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Além disso,  os analistas dizem que a Axia conseguiu reduzir riscos estruturais, incluindo a venda de usinas térmicas e da Eletronuclear, além de resolver pendências com a Amazonas Energia e o RBSE (base de ativos antigos de transmissão).

O banco mantém recomendação de compra para ELET3, com preço-alvo de R$ 60, e elogia a política de distribuição de dividendos — que já soma R$ 8,3 bilhões em 2025.

Mais um trimestre forte para conta

A XP Investimentos também avaliou o trimestre como forte, com o Ebitda ajustado (R$ 5,7 bilhões) superando suas estimativas em 13% e o consenso em 14%.

A corretora atribui o desempenho ao segmento de geração, que combinou maiores volumes e margens brutas por MWh (megawatt-hora), reflexo de uma carteira hidrelétrica estratégica e eficiente no aproveitamento das condições de mercado.

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A XP manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 59,30 para ELET3, apontando um retorno real de 9,7% e elogiando a nova metodologia de dividendos adotada pela empresa.

Vale a compra?

O Bradesco BBI também classificou o desempenho da Axia como sólido, com Ebitda acima do esperado e destaque para os melhores resultados na geração e comercialização de energia.

Já o Banco Safra destacou o contraste entre os números ajustados e os IFRS, impactados por despesas não recorrentes de R$ 7 bilhões ligadas à venda da Eletronuclear, o que levou a um prejuízo contábil de R$ 5,4 bilhões.

Mesmo assim, o Safra ressaltou que o Ebitda ajustado ficou 18% acima da sua projeção e 10% acima do consenso, sustentado pela boa estratégia de alocação de energia e menor exposição ao GSF.

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“Os resultados operacionais ajustados foram sólidos, e a distribuição inesperada de dividendos deve ser bem recebida pelos investidores”, afirmam os analistas do banco.

Apesar de manter recomendação de compra, o Safra vê potencial de queda em relação ao preço atual — com alvos de R$ 45,70 (ELET3) e R$ 51,50 (ELET6) —, refletindo uma visão mais cautelosa sobre o valuation após a recente valorização das ações.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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