Comprar ou vender?

Azul (AZUL4): Ações despencam até 10% após 7º prejuízo seguido; é hora de vender?

15 maio 2023, 12:20 - atualizado em 15 maio 2023, 12:20
Azul
Azul registra prejuízos há sete trimestres, desde o terceiro trimestre de 2021 (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

As ações da Azul (AZUL4) recuavam 8,55%, cotadas a R$ 11,76, depois de entrarem em leilão. Por volta das 10h40 do pregão desta segunda-feira (15), os papéis lideravam as quedas do Ibovespa (IBOV), que operava em leve alta.

Na mínima do dia, AZUL4 desabou mais de 10%, e chegou a ser cotada a R$ 11,51.

O motivo da queda é o “resultado abaixo do esperado” da companhia aérea no primeiro trimestre de 2023 (1T23), destaca o analista da Benndorf, Niels Tahara.

A Azul reportou prejuízo ajustado de R$ 727,6 milhões no período. O resultado é o sétimo prejuízo consecutivo registrado pela companhia, que não lucra desde o terceiro trimestre de 2021.

Além disso, o analista destaca que o lucro antes dos juros e tributos, o EBIT, de R$ 462 milhões ficou abaixo dos R$ 519 milhões esperado pelo mercado. A receita operacional por assento/quilômetros também veio aquém do esperado.

“O resultado do primeiro trimestre trouxe sinais positivos de volumes e reprecificação, mas ainda impactado pela alta alavancagem financeira”, avalia Tahara.

Já do lado positivo, a Azul manteve seu guidance de Ebitda de R$ 5,5 bilhões, além reduzir entre 25% a 40% os pagamentos de arrendamentos entre 2023 e 2026. Ele também ressalta que a companhia passa por um processo de reestruturação dos leasing das aeronaves, “o que reduz de forma significativa o risco financeiro da empresa”.

Comprar ou vender Azul?

A Benndorf tem recomendação neutra para AZUL4. O analista da casa afirma que, apesar ter menos riscos embutidos agora, a companhia aérea ainda está em processo de reestruturação.

“Isso requer cautela dos investidores”, destaca Tahara.

De acordo com ele, o case requer monitoramento contínuo sobre a execução da reestruturação dos passivos da empresa.

Além disso, o analista diz ser importante observar o custo dos combustíveis, performance de volume e o ambiente competitivo.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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