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Azul (AZUL4) reabre emissão de títulos de dívida para captar US$ 148,7 milhões

05 fev 2024, 10:54 - atualizado em 05 fev 2024, 10:54
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Refresco: dinheiro novo ajudará Azul (AZUL4) a enfrentar aumento da dívida (Imagem: Divulgação/ Azul)

A Azul (AZUL4) anunciou, nesta segunda-feira (5), a reabertura da emissão de títulos de dívidas seniores para captar US$ 148,7 milhões (cerca de R$ 743 milhões). Os papéis serão oferecidos pela sua controlada Azul Secured Finance, sediada em Delaware, e contarão com garantia prioritária de vencimento em 2028.

Os papéis pagarão uma remuneração de 11,930%. Os detentores dos títulos contarão com uma série de garantias, incluindo recebíveis gerados pelo programa de fidelidade da companhia, o TudoAzul, recebíveis gerados pela Azul Viagens, a empresa de pacotes de viagem do grupo, além de certas marcas, nomes de domínio e algumas propriedades intelectuais usadas pelo grupo.

Segundo o fato relevante divulgado hoje, “a empresa pretende usar os recursos líquidos para refinanciar dívidas”. Os papéis não serão oferecidos no mercado brasileiro, nem serão registrados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Azul (AZUL4): Dívida líquida cresce para quase R$ 20 bilhões no 3T23

A Azul é mais uma companhia brasileira que sofre com o aumento das dívidas. A aérea encerrou o terceiro trimestre (3T23) com dívida bruta de R$ 23,9 bilhões, representando um aumento de 16% sobre o segundo trimestre e de 8% sobre 12 meses antes.

A maior parte desses compromissos vencerão a partir de 2028. Naquele ano, por exemplo, a Azul deverá quitar R$ 4,1 bilhões em empréstimos e financiamentos, considerando-se uma cotação de R$ 5,01 por dólar.

Neste primeiro trimestre de 2024, estão previstos vencimentos de R$ 348 milhões, também com base na mesma taxa de câmbio. Para o segundo trimestre, outros R$ 220 milhões.

É verdade que a liquidez da Azul melhorou. A empresa encerrou setembro com R$ 1,7 bilhão em caixa e equivalentes. A cifra representa um salto de 171% sobre os R$ 616,2 milhões do segundo trimestre. A liquidez imediata, que considera também contas a receber de curto prazo, somou R$ 3,5 bilhões, ou 70,2% mais que em junho.

A liquidez total, que incorpora recebíveis de longo prazo, depósitos em garantia e reservas para manutenção, cresceu 22,2% para R$ 6,7 bilhões no período.

Veja o fato relevante da Azul (AZUL4) sobre a nova oferta de títulos de dívida, divulgado nesta segunda-feira (5):

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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