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Azul: empréstimo do BNDESPar não é tão essencial e precisa ser avaliado com cuidado, afirma BTG

15 set 2020, 15:42 - atualizado em 15 set 2020, 15:42
Azul Aviação
Na visão do banco, é preciso analisar cuidadosamente a estrutura do empréstimo, bem como outras alternativas de financiamento, antes de tomar a decisão final (Imagem: Ministério da Infraestrutura/Reprodução)

A proposta de empréstimo feita pelo BNDESPar e outros bancos para a Azul (AZUL4) não é tão essencial para o momento e precisa ser analisada com cuidado, de acordo com a visão do BTG Pactual.

BNDESPar e o sindicato dos bancos realizaram uma oferta de socorro de até R$ 2 bilhões para a companhia na segunda-feira (14).

A iniciativa está dentro do Programa Emergencial de Apoio aos Setores atingidos pelos efeitos da crise decorrente da pandemia do coronavírus e deverá ser realizada em forma de debêntures simples e bônus de subscrição, cujos valores serão determinados através do processo de bookbuilding da oferta.

O contrato prevê também que a BNDESPAR seja o investidor âncora podendo subscrever até 60% da oferta enquanto os bancos prestarão garantia firme de até 10% da mesma. O valor remanescente deverá ser captado junto a outros investidores através da oferta pública.

“Vemos esse anúncio como positivo, pois, se aceito, aumentará ainda mais a posição de caixa da Azul. Sinalizamos que a equipe de gestão da Azul tem feito um ótimo trabalho em termos de gestão de passivos e economia de custos, então o empréstimo não é tão essencial como era antes da pandemia”, afirmou o BTG.

Na visão do banco, é preciso analisar cuidadosamente a estrutura do empréstimo, bem como outras alternativas de financiamento, antes de tomar a decisão final.

Por outro lado, se aceita, a oferta será um marco importante para a redução do risco de liquidez da Azul, que tem sido uma das principais preocupações dos investidores em relação à empresa.

“Embora ainda não tenha sido divulgada nenhuma definição quanto à taxa de juros e vencimento do empréstimo, esses termos preliminares estiveram em linha com o que o mercado esperava (financiamento de R $ 2 bilhões já foi amplamente divulgado , enquanto a diluição de 15% é ligeiramente melhor do que os 20-25% inicialmente esperados)”, afirmou a análise sobre os termos do empréstimo.

Como ainda não existe nada definido, os analistas do BTG Pactual escolheram manter a recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 26.

Jornalista | Analista de Marketing
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