Azul está reconstruindo sua capacidade após crise, focando na gestão de caixa
Nesta semana, a companhia aérea Azul (AZUL4) divulgou números de suas operações no mês de dezembro, revelando uma elevação de 18% no tráfego de passageiros em relação a novembro.
Em contrapartida, a aérea registrou quedas de 31,4% e 28,4% na demanda e capacidade, respectivamente, com sua taxa de ocupação atingindo 80% — menos 3,5 pontos percentuais na comparação anual.
“Os resultados continuaram a ser fortemente impactados pelas rotas internacionais. A demanda doméstica e a capacidade caíram apenas 10,6% e 9% na comparação anual, respectivamente, contra menos 85,3% e menos 81,4% para as operações internacionais”, destacam os analistas Victor Mizusaki e Flávia Meireles, que assinam o relatório da Ágora Investimentos.
A Azul, atualmente com recomendação neutra, está reconstruindo gradualmente sua capacidade, segundo os analistas.
Para a dupla, a companhia aérea está se concentrando na gestão de caixa em vez de maximizar sua receita por unidade de capacidade (RASK, na sigla em inglês) ou margem Ebitida.
“Para o último trimestre de 2020, a demanda e a capacidade da Azul ficaram 2,4% e 2,5% acima das nossas estimativas, respectivamente, com taxa de ocupação em torno de 80,8%”, concluem os especialistas da casa de análises.
