Azzas 2154 (AZZA3) tem nova alta com reaproximação dos acionistas e elevação de preço-alvo pelo BTG Pactual

Depois de disparar mais de 20% na semana anterior, as ações da Azzas 2154 (AZZA3) estenderam os ganhos nesta segunda-feira (12).
AZZA3 encerrou a sessão com alta de 3,33%, a R$ 39,46, entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV). Com o avanço, os papéis da varejista acumulam ganhos de 33,40% no ano, elevando o valor de mercado da companhia para R$ 8,16 bilhões. Acompanhe o Tempo Real.
O novo impulso foi dado pela notícia de que os maiores acionistas, Alexandre Birman e Roberto Jatahy, pactuaram uma “pausa temporária” nos desentendimentos sobre o controle da companhia — fruto da fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma.
De acordo com o colunista d’O Globo, Lauro Jardim, a reaproximação aconteceu após o valor de mercado da Azzas cair “violentamente” nos últimos meses e, que agora, não é hora de mudanças.
Em março, os acionistas contrataram advogados para negociar uma saída de Jatahy, que liderava o Soma, da sociedade. Na época, a Azzas 2154 negou a eventual ‘cisão dos negócios’.
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Azzas 2154: BTG diz que é ‘compra’
Os analistas do BTG Pactual reiteraram a recomendação de compra para as ações AZZA3 e elevaram o preço-alvo de R$ 49 para R$ 51 — o que representa um potencial de valorização de % sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (9).
Segundo eles, os papéis da companhia ainda oferecem “um ponto de entrada atraente para os investidores”.
“Desde o início do processo de integração, o desempenho das ações tem sido ditado principalmente pelo fluxo de notícias sobre a fusão Arezzo-Grupo Soma e esperamos que continue assim”, escreveram os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Pedro Lima e Luis Mollo, em relatório.
O banco também atualizou as estimativas para as principais métricas da varejista após o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25). Entre janeiro e março deste ano, a Azzas 2154 registrou lucro líquido de R$ 177,7 milhões, uma alta de mais de 15% na base anual. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente somou R$ 427,7 milhões no período, salto de 23,3% ano a ano.
“A empresa reforçou que está seguindo uma estratégia disciplinada e orientada para a eficiência, centrada no controle de custos, na proteção de margens e na otimização de capital com sinais encorajadores no primeiro trimestre”, diz o relatório.
“Revisamos e aprimoramos nossas estimativas de Ebitda e lucro líquido para os próximos quatro anos em 2% e 3% para a Azzas”, afirmaram os analistas.
Para 2025, o BTG Pactual prevê um lucro líquido de 811 milhões, uma alta de 6,3% na comparação com 2024. O Ebitda ajustado deve ser de R$ 2,146 bilhões.
Para o ano seguinte, a estimativa de lucro líquido é de R$ 1,032 bilhão, crescimento de mais de 7% sobre o projetado para 2025 e um Ebitda ajustado de R$ 2,5 bilhões.