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B2W sofre prejuízo de R$ 108 milhões no primeiro trimestre, apesar de vendas maiores

08 maio 2020, 9:04 - atualizado em 08 maio 2020, 9:04
B2W submarino
Estrutura pesada: dona da Submarino, entre outras, a B2W elevou o lucro bruto,  mas viu as despesas operacionais e financeiras consumirem os ganhos (Imagem: Divulgação/Instagram/B2W)

A B2W (BTOW3), dona da Submarino.com e da Americanas.com, entre outras, fechou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 108 milhões. A cifra é 22,5% menor que as perdas de R$ 139,2 milhões do mesmo período do ano passado.

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Não há uma linha específica que justifique o resultado negativo, mas sim um acúmulo de fatores.

As primeiras linhas do balanço foram bastante positivas para a B2W. O Volume Bruto de Mercadorias (GMV, na sigla em inglês), que indica o valor total comercializado por suas plataformas de varejo digital, cresceu 27,3%, para R$ 4,5 bilhões.

Com isso, a receita bruta subiu quase 31%, para R$ 2,105 bilhões, e a receita líquida foi 32,3% maior, somando R$ 1,7 bilhão. Com os custos de produtos e serviços relativamente controlados, o lucro bruto avanço em ritmo mais rápido, 34,2%, para R$ 466,7 milhões.

Isso significa que a atividade-fim da companhia, em si, está saudável – o que ela fatura é suficiente para pagar suas mercadorias e parceiros e ainda lhe sobre lucro. Tanto, que a margem bruta subiu 0,4 ponto percentual, para 27,5%.

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Outro sinal de que a operação tem méritos é o ebitda ajustado de R$ 127,6 milhões, o que representa um crescimento de 53,3% sobre o mesmo período do ano passado.

Estrutura pesada

O problema, portanto, é que a B2W sofre com uma pesadas estrutura de custos e despesas operacionais e financeiras. As despesas operacionais, por exemplo, foram 24,1% maiores e somaram R$ 485, 3 milhões. O que mais pesou nesta conta foram as despesas com vendas, que aumentaram 32,3% e totalizaram R$ 288,9 milhões.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 110 milhões, representando uma queda de 29,5% sobre o primeiro trimestre de 2019.

Outro dado que pode preocupar investidores e analistas é a situação de caixa. Embora a B2W tenha encerrado 31 de março com um saldo de R$ 3,682 bilhões, com aumento de R$ 146,5 milhões em relação a dezembro de 2019, a cifra é R$ 61,8 milhões inferior à do mesmo período do ano passado.

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Veja o relatório de resultados da B2W.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
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