B3 (B3SA3) tem lucro líquido de R$ 1,2 bi, em linha com o esperado, mas juros altos pressionam
O lucro líquido recorrente da B3 (B3SA3) no terceiro trimestre de 2025 somou R$ 1,25 bilhão, em linha com o consenso de mercado medido pela Bloomberg. A alta foi de 2,6% na comparação anual.
A receita líquida também ficou dentro do estimado pelo mercado e alcançou R$ 2,48 bilhões, alta de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024.
O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente da B3 foi de R$ 1,73 bilhão, em linha com o mercado e com alta anual de 1,2%.
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No entanto, a Selic mantém pressão na bolsa brasileira. Os números operacionais do período já haviam sido apresentados e a companhia afirma que o “ambiente de altos juros continua impactando o mercado de renda variável”.
O volume financeiro médio diário negociado (ADTV) de ações foi de R$ 21,8 bilhões, queda de 6,5% comparado ao terceiro trimestre do ano passado. No segmento de renda fixa e crédito, por outro lado, a alta no período na comparação anual foi de 12,5% em emissões.
Nesse cenário de renda variável – principal produto da B3 – de volume baixo devido à alta da Selic, o mercado vê a diversificação de receitas da companhia como “crucial” para navegar no mercado.
Neste ano, a B3 lançou 18 produtos, sendo 12 índices e 6 derivativos. O mais recente foi o Índice Futuro de Ouro (IFGOLD), aproveitando a valorização global do metal.
Analistas do Goldman Sachs esperavam uma queda do lucro líquido de 11% na comparação com o segundo trimestre deste ano devido à queda geral do volume negociado, mas a linha teve recuo de 6%.
Na receita líquida, na comparação também trimestral, o banco estimava queda de 4%, mas o resultado apresentado pela B3 apontou recuo de 2% neste item.
O lucro líquido por ação ficou em R$ 0,24, com crescimento de 11,6% na comparação anual e refletindo a execução dos programas de recompra pela companhia.
As despesas (pessoal, encargos, tecnologia, depreciação, terceiros, etc.) da B3 totalizaram R$ 841 milhões no terceiro trimestre, queda de 0,4% em relação ao trimestre anterior. O mercado previa um pequeno aumento das despesas na comparação trimestral, que não ocorreu.