Sucroenergia

Bahia quer acionar pacote fiscal para atrair usina cooperativada de Pernambuco

02 out 2020, 13:17 - atualizado em 02 out 2020, 13:23
Bahia oferece vantagens tributárias para novas unidades de açúcar e álcool (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O governo da Bahia tenta fortalecer seu projeto de aumentar a presença da sucroenergia no estado, depois de já contar com um novo empreendimento greenfield sendo levantado por empresários de Pernambuco. E pensa no cooperativismo.

Também de Pernambuco, a Cooperativa dos Fornecedores de Cana (Coaf), gestora da antiga usina Cruangi, é o modelo que o governador petista Rui Costa pretende, mas que ela própria construa uma unidade.

A região escolhida é o Meio São Francisco, centro-médio baiano, onde o presidente da Coaf/Cruangi, Alexandre Lima, está nesta sexta (2), em comitiva do vice-governador João Leão.

As terras próximas a Ibotirama e Barra são planas e contam com recursos hídricos irrigados do Rio São Francisco. Além da vocação agrícola e projetos de cana em andamento, cujo sistema cooperativista seria para agregar e desenvolver as regiões.

O que chamou a atenção de Lima também é o pacote fiscal “arrojado” do governo, em contraste, por exemplo, ao que o governo de Pernambuco tem negado à usina de cooperados da Zona da Mata Sul, a CoafSul.

O presidente da Coaf/Cruangi vai apresentar a proposta baiana à diretoria e aos 800 cooperados.

A quinta safra da Coaf, após a reativação da Cruangi, multiplicou por 4 a moagem da cana, desde as 291,3 mil toneladas de 2015, gera 4,5 mil empregos diretos e partiu nesta safra para um faturamento esperado de R$ 220 milhões.

Mas o pagamento de um valor extra pela cana, sobre a referência que as usinas tradicionais oferecem aos produtores de Pernambuco, é o que entusiasma o governo baiano.

Todo esse modelo que a Bahia quer deverá ser replicado na CoafSul, de Pernambuco, que contou com a assessoria técnica e institucional da Coaf/Cruangi e a da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), também presidida por Alexandre Lima.

O resultado só não será muito sentido porque o governo de Paulo Câmara nega os 18,5% de crédito presumido de ICMS, que as outras cooperativas (Agrocan é a segunda) conseguem.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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