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Balanço da BR Distribuidora alivia preocupação de analistas com empresas do setor de combustíveis

12 ago 2020, 16:25 - atualizado em 12 ago 2020, 16:25
Os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares, autores do relatório divulgado pelo BTG Pactual, afirmaram que estão mais confiantes do que nunca com a BR Distribuidora para entregar mais eficiência (Imagem: REUTERS/Diego Vara)

Os resultados da Cosan (CSAN3) trouxeram preocupações para os analistas sobre o desempenho de outras empresas do setor de combustíveis, principalmente levando em conta o prejuízo da Raízen no segundo trimestre deste ano. No entanto, a BR Distribuidora (BRDT3) acabou reportando um bom balanço, dando sinais de que está se recuperando dos efeitos do coronavírus.

Entre abril e junho de 2020, o lucro líquido da BR Distribuidora totalizou R$ 188 milhões, queda de 37,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O Ebitda ajustado, por outro lado, cresceu 61,3%, para R$ 816 milhões. Já a receita líquida caiu 38,1% e encerrou em R$ 14,9 bilhões.

Daniel Cobucci, analista do BB Investimentos, mencionou o impacto positivo com o ganho da decisão judicial relacionada a PIS/Cofins. O montante de R$ 376 milhões conseguiu minimizar os dados fracos do setor de aviação.

Os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares, autores do relatório divulgado pelo BTG Pactual (BPAC11), afirmaram que estão mais confiantes do que nunca com a empresa para entregar mais eficiência.

“Estamos ansiosos para ouvir mais sobre o que a BR Distribuidora acredita que pode fazer além do seu principal negócio de distribuição de combustíveis, incluindo pagamentos eletrônicos e lojas de conveniência”, comentaram.

Tanto o BB Investimentos quanto o BTG não veem espaço para a valorização do papel. O preço atual da ação já parece refletir a maior parte dos potenciais de alta relacionados à recuperação das margens.

Dessa forma, o BB Investimentos manteve a recomendação de venda e o preço-alvo de R$ 22 para 2020, enquanto o BTG reiterou sua recomendação neutra, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 25.

Top pick

O Credit Suisse destacou que a BR Distribuidora conseguiu manter a geração de lucro e um fluxo de caixa positivo, mesmo com o declínio de volumes e preços.

A ação continua sendo a favorita do banco no setor. De acordo com o analista Regis Cardoso, os ganhos de eficiência com a privatização e a economia de custos não estão precificados. A recomendação de compra do Credit Suisse, portanto, foi mantida, bem como o preço-alvo em 12 meses de R$ 32.

A Guide Investimentos também mostrou que segue positiva quanto ao papel:

“Apesar do grande impacto que a pandemia causou no setor de distribuição de combustível, a BR Distribuidora se mostrou ser uma empresa resiliente à medida que seguiu gerando lucro”, disse a corretora.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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