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Balanço evidencia fase difícil da Lojas Renner; para analistas, 4º trimestre será melhor

06 nov 2020, 13:08 - atualizado em 06 nov 2020, 13:08
Lojas Renner
A Lojas Renner registrou prejuízo líquido de R$ 82,9 milhões no terceiro trimestre do ano (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

Os resultados da Lojas Renner (LREN3) ainda refletem os impactos da pandemia de covid-19. De acordo com o BB Investimentos, a companhia reportou números fracos do terceiro trimestre do ano, mostrando mais uma vez que o setor de vestuário foi um dos mais prejudicados pelo coronavírus.

Entre julho e setembro de 2020, a varejista de moda registrou prejuízo líquido de R$ 82,9 milhões.

A receita líquida de varejo caiu 14,5% e somou R$ 1,6 bilhão. A performance das vendas foi prejudicada pelo fechamento temporário de parte de suas lojas, que voltaram a operar apenas no fim de agosto. Com isso, houve queda de 17,2% do indicador SSS (Vendas Mesmas Lojas).

Por outro lado, as vendas digitais dispararam 200,5%.

O Ebitda ajustado, incluindo as operações de varejo e produtos financeiros, mostrou saldo negativo de R$ 38,2 milhões (versus o montante positivo de R$ 354,8 milhões apresentado um ano antes). A margem Ebitda total ajustada fechou em -2,3%.

“Apesar de já esperarmos uma queda de receita e de margens, […] as quedas foram mais acentuadas do que as nossas expectativas”, afirmou a analista Georgia Jorge, em relatório divulgado pelo BB Investimentos nesta sexta-feira (6).

O BB Investimentos revisou o preço-alvo da ação, de R$ 37,10 para R$ 47,10. Apesar do balanço negativo, o time de análise não esperava nada muito diferente dos números reportados pela Lojas Renner, embora tenha reconhecido que a recuperação da companhia está levando mais tempo do que o esperado.

Desfile da Lojas Renner
O BB Investimentos revisou o preço-alvo da ação da Lojas Renner, de R$ 37,10 para R$ 47,10 (Imagem: Facebook/Lojas Renner)

“Já esperávamos que a exposição da companhia ao consumo cíclico de vestuário e de artigos domésticos, aliado à alta exposição de suas vendas ao canal físico, prejudicassem os resultados de forma mais vigorosa durante o período de restrição ao comércio não essencial. Infelizmente, o impacto negativo vem perdurando por mais tempo do que o inicialmente previsto”, comentou Jorge.

O novo preço-alvo foi favorecido pela queda da taxa de desconto e pelo aumento da taxa de crescimento na perpetuidade. A recomendação permanece neutra.

Quarto trimestre

O balanço da Lojas Renner também veio abaixo das estimativas da Ágora Investimentos, que reconheceu os desafios do trimestre.

Apesar disso, a corretora adotou uma perspectiva bem mais favorável para o quarto trimestre.

“Acreditamos que a Lojas Renner superou bem os desafios da pandemia durante o trimestre e agora há luz no fim do túnel, dada a declaração de perspectiva otimista da administração”, comentaram os analistas Richard Cathcart e Flávia Meireles.

A Guide Investimentos apresentou uma opinião mais sucinta sobre os números. O SSS não agradou. Em compensação, as vendas digitais foram bem reconhecidas pela corretora.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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