Economia

Banco Central deve subir Selic mesmo com desaceleração na prévia da inflação

26 jul 2022, 11:49 - atualizado em 26 jul 2022, 11:49
Banco Central Selic
Mercado projeta uma alta de 0,5 ponto percentual da Selic na semana que vem. (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,13% em julho. A prévia da inflação agradou o mercado, já que a taxa ficou abaixo da registrada no mês passado, de 0,69%, e é a menor variação mensal do indicador desde junho de 2020.

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O resultado também veio abaixo das projeções, de alta de 0,17%, e foi puxado, principalmente, pelo grupo de transportes (-1,08%). Os combustíveis recuaram 4,88%, com destaque para a gasolina (-5,01%) e o etanol (-8,16%).

Agora, a prévia da inflação acumula alta de 5,79%, no ano, e de 11,39% em 12 meses.

“Esses dados mostram que a inflação está desacelerando, o que acontece devido a decisões do governo em relação a tentar evitar que os preços subam mais, como a redução do ICMS para a gasolina e a energia”, afirma Fabio Louzada, economista, analista CNPI e fundador da Eu me banco.

Os núcleos também dão espaço para algum otimismo quanto às perspectivas para a inflação no curto prazo, de acordo com a Terra Investimentos. A expectativa agora é de que a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aponte para um arrefecimento ou até uma deflação.

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No entanto, isso não deve ser o suficiente para o Banco Central repensar a alta de 0,5 ponto percentual na Selic prevista para semana que vem. Acontece que a taxa ainda está muito longe da meta de inflação desenhada pela autoridade monetária para 2022, de 3,5% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

“Os headlines devem seguir cedendo a partir daqui (menos impostos, commodities aliviando e alguma tentativa de normalização de bens industriais), enquanto serviços passam a ganhar importância e aumentar a resistência da inflação à frente. Deixamos o pior momento para trás, mas levar a inflação à sua meta será uma batalha longa”, afirma Marco Caruso, economista-chefe, do Banco Original

Já Letícia Cosenza, especialista em Renda Fixa da Blue3, destaca que, apesar dos efeitos dos impostos nas categorias de transportes e habitação, os serviços ainda seguem muito pressionados. “O grupo acelerou 0,84%, contra uma projeção de 0,64%. Houve variação positiva em nove dos seis setores de serviços e produtos, sendo que o maior impacto veio de alimentação e bebidas.”

O relatório do CM Research ainda ressalta que, sazonalmente, os alimentos apresentam inflação amena nos meses de junho, julho e agosto – algo que não está acontecendo em 2022.

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Ou seja, grupos que deveriam apresentar inflação mais amena ainda passam por grande pressão. “As pressões inflacionárias advindas do auxílio emergencial passarão a ser capturadas pelo IPCA apenas a partir de setembro. Até lá, o Banco Central deve ficar vigilante e tende a não tomar decisões com base nos dados de curto prazo e comprometer todo o trabalho feito até aqui para retomar o controle da inflação”, diz o relatório.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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