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Banco Central do Japão debateu sinais promissores da economia em março mesmo com revisão de ferramentas

29 mar 2021, 9:03 - atualizado em 29 mar 2021, 9:03
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O Banco do Japão divulga um resumo das opiniões expressas em cada reunião vários dias após o encontro, mas não divulga quem fez os comentários (Imagem: Reuters/Kim Kyung-Hoon)

Algumas autoridades de política monetária do banco central do Japão viram os primeiros sinais positivos na economia depois do impacto da pandemia, mesmo enquanto debatiam medidas para tornar a política monetária extremamente flexível do banco mais sustentável, mostrou um resumo das opiniões expressas na revisão de juros de março nesta segunda-feira.

Na reunião de março, o Banco do Japão decidiu tomar uma série de medidas para tornar suas ferramentas de política monetária sustentáveis o suficiente para resistir a uma batalha prolongada contra o golpe econômico da Covid-19 e acelerar a inflação para sua meta elusiva de 2%.

“A economia do Japão pode estar mudando de uma tendência de queda desde a eclosão da Covid-19, com as exportações e a produção permanecendo firmes”, disse um dos nove membros do conselho anonimamente, segundo o resumo.

O Banco do Japão divulga um resumo das opiniões expressas em cada reunião vários dias após o encontro, mas não divulga quem fez os comentários.

“Embora as incertezas permaneçam sobre a Covid-19 … os riscos negativos para a atividade econômica no país e no exterior foram contidos sem sinais de aumento nas indústrias que estão sofrendo com a deterioração das condições empresariais”, disse outro membro do conselho.

Sobre os preços, alguns membros alertaram que os riscos de deflação ou estagnação prolongada de preços continuam sendo a principal preocupação do banco central, mesmo que algumas economias ocidentais estejam experimentando um aumento da inflação, mostrou o resumo.

Os comentários reforçam uma visão dominante do mercado de que o Banco do Japão vai manter sua política monetária por enquanto, na esperança de que uma recuperação na demanda externa sustente a economia japonesa, dependente das exportações.

reuters@moneytimes.com.br