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Banco Central Europeu debateu pacote menor de estímulos, diz ata

14 jan 2021, 10:19 - atualizado em 14 jan 2021, 10:19
A presidente do BCE, Christine Lagarde, argumentou nesta semana que a incerteza está realmente diminuindo e, mesmo que a pandemia apresente desafios no curto prazo, a perspectiva geral não mudou (Imagem: Pixabay)

Os membros do Banco Central Europeu (BCE) debateram um aumento menor nas compras emergenciais de títulos no mês passado e fizeram questão de enfatizar que podem não utilizar a cota total, mostrou nesta quinta-feira a ata da reunião de política monetária de 10 de dezembro.

Enfrentando uma nova recessão em meio a bloqueios generalizados, o BCE aprovou novas medidas de estímulo na reunião, na esperança de manter os custos dos empréstimos baixos até que a economia do bloco esteja pronta para reabrir.

“Foi argumentado que o foco na preservação de condições de financiamento favoráveis ​​implicava um afastamento de um ritmo mensal constante de compras em prol de um ajuste no ritmo de acordo com as condições de mercado”, disse o BCE.

“Esta abordagem, combinada com uma comunicação vigorosa, poderia permitir ao Conselho reduzir o ritmo das compras, tendo um efeito equivalente nas condições de financiamento”, disseram os formuladores de política monetária segundo a ata.

As restrições na vida cotidiana tornaram-se cada vez mais onerosas, mesmo no mês passado, desafiando suposições de crescimento e elevando o risco de que a recuperação seja ainda mais adiada.

Mas a presidente do BCE, Christine Lagarde, argumentou nesta semana que a incerteza está realmente diminuindo e, mesmo que a pandemia apresente desafios no curto prazo, a perspectiva geral não mudou.

Os membros do BCE começaram as discussões antes da reunião de dezembro, com uma proposta de 750 bilhões de euros em compras adicionais de títulos, antes de decidirem por meio trilhão de euros na quinta-feira, disseram fontes à Reuters na época.

“Um aumento mais moderado no PEPP (programa de compras emergenciais da pandemia) foi defendido por vários membros com base no argumento de que um espaço significativo para compras ainda estava disponível em relação a decisões anteriores e que em um ambiente de alta incerteza valia a pena” manter-se pronto para problemas futuros, acrescentou o BCE.

O próximo encontro do BCE será em 21 de janeiro, e os formuladores de política monetária devem reafirmar a política ultraestimulativa do banco, incluindo 1,85 trilhão de euros em compras de títulos como parte do PEPP até março de 2022.