Bancos

Banco da Inglaterra aumenta juros para 3,5% e espera mais altas

15 dez 2022, 9:18 - atualizado em 15 dez 2022, 9:48
Banco da Inglaterra
O Comitê de Política Monetária banco central britânico votou por 6 a 3 a favor da alta (Imagem: REUTERS/Luke MacGregor/File Photo)

O Banco da Inglaterra aumentou a taxa básica de juros nesta quinta-feira para 3,5%, ante 3,0%, nona alta consecutiva conforme tenta acelerar o retorno da inflação à meta depois que o crescimento dos preços atingiu uma máxima de 41 anos em outubro.

O Comitê de Política Monetária do banco central britânico votou por 6 a 3 a favor da alta, e disse que “mais aumentos na taxa de juros” podem ser necessários para enfrentar o que teme que possam ser pressões inflacionárias internas persistentes dos preços e salários.

“O mercado de trabalho continua apertado e tem havido evidências de pressões inflacionárias nos preços e salários domésticos que poderiam indicar maior persistência e, portanto, justificar uma resposta de política monetária mais enérgica”, disse o BoE.

A declaração do BoE não repetiu a linguagem incomum adotada pela instituição novembro, quando a autoridade monetária disse que era improvável que as taxas tivessem que subir tanto quanto os mercados esperavam. As expectativas de taxas de mercado têm caído desde então

Uma integrante do comitê, Catherine Mann, queria um aumento maior das taxas este mês, na mesma escala do aumento de 0,75 ponto percentual de novembro –o maior do BoE em mais de 30 anos– para enfrentar o que ela considerou um aumento dos riscos de inflação desde novembro.

Entretanto, dois outros membros, Silvana Tenreyro e Swati Dhingra, que se opuseram à escala de aumento de novembro, disseram que agora era hora de parar completamente o aumento das taxas, pois o que foi feito até o momento é, na visão de ambos, “mais do que suficiente” para que a inflação voltasse à meta.

O movimento do BoE vem após a decisão do Federal Reserve na quarta-feira de aumentar sua taxa de juro principal em meio ponto, enquanto os bancos centrais ocidentais enfrentam a escassez de mão de obra pós-Covid e o impacto da invasão russa da Ucrânia nos preços da energia.

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