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Banco do Brasil (BBAS3) ainda enfrentará turbulência? Veja o que diz o Itaú BBA

04 set 2025, 15:07 - atualizado em 04 set 2025, 15:07
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(Imagem: iStock/Oselote/Divulgação - Montagem: Giovanna Figueredo)

O Banco do Brasil (BBAS3) deve continuar enfrentando um período turbulento, com lucros pressionados, segundo relatório do Itaú BBA divulgado na última quarta-feira (3).

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Os analistas reduziram em 18% e 20% as estimativas para os resultados de 2025 e 2026, respectivamente, e manteve a recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 23 até fim de 2026 — um potencial de alta de 13,7% em relação à cotação atual (R$ 20,22).

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Os analistas destacam que os problemas do agronegócio, que já haviam surpreendido negativamente neste ano, continuam longe de serem resolvidos.

O volume de créditos em aberto chegou a 16% da carteira do setor, muito acima da média histórica de 5%, o que eleva o risco de inadimplência. “Se não fossem as renegociações, cerca de R$ 36 bilhões poderiam ter virado calote”, aponta o relatório do Itaú BBA.

Apesar de ser um grande destaque negativo, o agronegócio não é o único responsável pelo momento do BB. Os analistas alertam que Pequenas e Médias Empresas (PMEs) e pessoas físicas também devem demandar mais provisões, após forte crescimento das renegociações nessas carteiras.

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Para 2026, a casa ainda projeta despesas de provisão em torno de R$ 56 bilhões, próximas às de 2025.

Outro ponto que pesa é a desaceleração da carteira de crédito. O guidance do Banco do Brasil para 2025 foi revisado de 7,5% para 4,5%, e a expectativa para 2026 é de crescimento modesto, de 6%. Isso deve reduzir spreads, receitas com tarifas e pressionar a eficiência operacional.

Com isso, o lucro líquido projetado para o BB caiu para R$ 20,3 bilhões em 2025 (queda de 47% ano a ano) e R$ 24,4 bilhões em 2026 (alta de 20%).

O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) esperado para 2026 é de apenas 12,2%, ainda abaixo do custo de capital. Já o dividend yield deve se limitar a 4-5%, com payout em torno de 30%.

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Apesar do desconto em relação ao valor patrimonial, o Itaú BBA avalia que a baixa visibilidade de lucros justifica cautela. “Acreditamos no potencial de longo prazo do banco, mas preferimos ficar de fora por enquanto”, concluíram os analistas.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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