Banco do Brasil (BBAS3), Caixa Seguridade (CXSE3) e mais: Veja as melhores ações para investir em maio, segundo o BTG Pactual

O BTG Pactual realizou quatro alterações em sua carteira recomendada de ações para maio. Deixaram o portfólio Mercado Livre (MELI34), Nubank (ROXO34), WEG (WEGE3) e Suzano (SUZB3), e entraram em seus lugares Banco do Brasil (BBAS3), Caixa Seguridade (CXSE3), Localiza (RENT3) e Cosan (CSAN3).
A equipe do banco destaca que a volta da Localiza é justificada como uma aposta no bom momento do setor, impulsionado pela alta demanda por aluguel e por um mercado de seminovos um pouco melhor.
No segmento financeiro, o Nubank — que valorizou +21% em abril — foi substituído pela Caixa Seguridade, cuja previsibilidade de resultados e alto pagamento de dividendos (dividend yield de 8%) agradam os analistas.
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Outra mudança relevante foi o retorno do Banco do Brasil no lugar do Mercado Livre, que subiu 16% no mês passado. Apesar da expectativa de um primeiro trimestre (1T25) mais fraco, o BTG enxerga um valuation atrativo para o BB: o papel é negociado a 4 vezes o lucro estimado para 2025, com yield projetado de 10%.
O Itaú (ITUB4) completa a exposição da carteira ao setor financeiro, que aumentou de 20% para 30% este mês, em um movimento de redução de ativos exportadores na seleção.
“Estamos diminuindo nossa posição em exportadoras, com a retirada da Suzano e reduzindo a Petrobras (de 15% para 10%), pois acreditamos que a tensão entre China e EUA deve persistir, com as duas economias diante de uma possível desaceleração. Também excluímos a WEG por conta dos resultados fracos”, explicam os analistas.
Já a entrada da Cosan representa uma aposta mais arrojada. O BTG reconhece que a alavancagem elevada da companhia, em um ambiente de juros altos, pesou sobre o desempenho das ações. No entanto, destaca o trabalho da nova gestão, que tem se mostrado determinada a reverter os resultados anteriores.
A Bolsa de Valores ainda está descontada?
O relatório também ressalta que os múltiplos atuais da Bolsa seguem atrativos. O preço sobre lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses está em 9,3 vezes.
No entanto, o prêmio de risco — diferença entre o retorno esperado das ações e a taxa real de juros — voltou à média histórica, de cerca de 3%, abaixo dos 5% registrados meses atrás.
“Acreditamos que parte da forte performance recente da Bolsa brasileira se deve à expectativa de que o atual ciclo de aperto monetário esteja perto do fim, com possível início de cortes nos juros no começo do próximo ano”, explicam os analistas.
Apesar disso, para que a recuperação se sustente, o banco afirma ser necessário um recuo das taxas reais de longo prazo:
“Elas cairiam se o atual governo decidisse implementar medidas estruturais para reduzir o ritmo de expansão da dívida, o que parece altamente improvável”, avaliam.
Outra possibilidade, na visão do BTG, seria uma mudança na percepção do mercado quanto ao próximo governo, nas eleições de 2026. “Na nossa visão, ainda é cedo para qualquer afirmação confiável sobre o processo eleitoral”, pondera o banco.
A carteira recomendada de ações do BTG
Em abril, a carteira do BTG subiu 6,9%, superando o Ibovespa, que avançou 3,7%. Os destaques positivos foram ROXO34 e MELI34, com altas de 20,5% e 16,4%, respectivamente. Na ponta negativa, PETR4 e SUZB3 recuaram -17,3% e -5,4%.
Desde 31 de dezembro de 2024, a carteira valorizou 20,1%, contra 12,3% do Ibovespa e 4,1% da taxa do CDI no mesmo intervalo.
Empresa | Ticker | Peso na carteira |
---|---|---|
Petrobras | PETR4 | 10% |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 10% |
Banco do Brasil | BBAS3 | 10% |
Caixa Seguridade | CXSE3 | 10% |
Equatorial | EQTL3 | 10% |
Localiza | RENT3 | 10% |
Copel | CPLE6 | 10% |
Eneva | ENEV3 | 10% |
Cosan | CSAN3 | 10% |
Cury | CURY3 | 10% |