Carteira Recomendada

Banco do Brasil (BBAS3), Caixa Seguridade (CXSE3) e mais: Veja as melhores ações para investir em maio, segundo o BTG Pactual

03 maio 2025, 11:55 - atualizado em 03 maio 2025, 11:55
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Veja as melhores ações para investir em maio, segundo o BTG Pactual - (Imagem: Freepik)

O BTG Pactual realizou quatro alterações em sua carteira recomendada de ações para maio. Deixaram o portfólio Mercado Livre (MELI34), Nubank (ROXO34), WEG (WEGE3) e Suzano (SUZB3), e entraram em seus lugares Banco do Brasil (BBAS3), Caixa Seguridade (CXSE3), Localiza (RENT3) e Cosan (CSAN3).

A equipe do banco destaca que a volta da Localiza é justificada como uma aposta no bom momento do setor, impulsionado pela alta demanda por aluguel e por um mercado de seminovos um pouco melhor.

No segmento financeiro, o Nubank — que valorizou +21% em abril — foi substituído pela Caixa Seguridade, cuja previsibilidade de resultados e alto pagamento de dividendos (dividend yield de 8%) agradam os analistas.

Outra mudança relevante foi o retorno do Banco do Brasil no lugar do Mercado Livre, que subiu 16% no mês passado. Apesar da expectativa de um primeiro trimestre (1T25) mais fraco, o BTG enxerga um valuation atrativo para o BB: o papel é negociado a 4 vezes o lucro estimado para 2025, com yield projetado de 10%.

O Itaú (ITUB4) completa a exposição da carteira ao setor financeiro, que aumentou de 20% para 30% este mês, em um movimento de redução de ativos exportadores na seleção.

“Estamos diminuindo nossa posição em exportadoras, com a retirada da Suzano e reduzindo a Petrobras (de 15% para 10%), pois acreditamos que a tensão entre China e EUA deve persistir, com as duas economias diante de uma possível desaceleração. Também excluímos a WEG por conta dos resultados fracos”, explicam os analistas.

Já a entrada da Cosan representa uma aposta mais arrojada. O BTG reconhece que a alavancagem elevada da companhia, em um ambiente de juros altos, pesou sobre o desempenho das ações. No entanto, destaca o trabalho da nova gestão, que tem se mostrado determinada a reverter os resultados anteriores.

A Bolsa de Valores ainda está descontada?

O relatório também ressalta que os múltiplos atuais da Bolsa seguem atrativos. O preço sobre lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses está em 9,3 vezes.

No entanto, o prêmio de risco — diferença entre o retorno esperado das ações e a taxa real de juros — voltou à média histórica, de cerca de 3%, abaixo dos 5% registrados meses atrás.

“Acreditamos que parte da forte performance recente da Bolsa brasileira se deve à expectativa de que o atual ciclo de aperto monetário esteja perto do fim, com possível início de cortes nos juros no começo do próximo ano”, explicam os analistas.

Apesar disso, para que a recuperação se sustente, o banco afirma ser necessário um recuo das taxas reais de longo prazo:

“Elas cairiam se o atual governo decidisse implementar medidas estruturais para reduzir o ritmo de expansão da dívida, o que parece altamente improvável”, avaliam.

Outra possibilidade, na visão do BTG, seria uma mudança na percepção do mercado quanto ao próximo governo, nas eleições de 2026. “Na nossa visão, ainda é cedo para qualquer afirmação confiável sobre o processo eleitoral”, pondera o banco.

A carteira recomendada de ações do BTG

Em abril, a carteira do BTG subiu 6,9%, superando o Ibovespa, que avançou 3,7%. Os destaques positivos foram ROXO34 e MELI34, com altas de 20,5% e 16,4%, respectivamente. Na ponta negativa, PETR4 e SUZB3 recuaram -17,3% e -5,4%.

Desde 31 de dezembro de 2024, a carteira valorizou 20,1%, contra 12,3% do Ibovespa e 4,1% da taxa do CDI no mesmo intervalo.

Empresa Ticker Peso na carteira
Petrobras PETR4 10%
Itaú Unibanco ITUB4 10%
Banco do Brasil BBAS3 10%
Caixa Seguridade CXSE3 10%
Equatorial EQTL3 10%
Localiza RENT3 10%
Copel CPLE6 10%
Eneva ENEV3 10%
Cosan CSAN3 10%
Cury CURY3 10%

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Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.

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