Resultados

Banco do Brasil (BBAS3): Lucro atinge R$ 8,8 bilhões no 2T23

09 ago 2023, 18:37 - atualizado em 10 ago 2023, 10:56
Banco do Brasil
Banco do Brasil supera expectativas com lucro (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil (BBAS3) atingiu R$ 8,8 bilhões no segundo trimestre do ano, mostra relatório divulgado pela estatal nesta quarta-feira (9). A linha veio 11,7% maior em relação ao mesmo período de 2022 e 2,8% superior ao primeiro trimestre.

Os números também vieram acima do esperado. O consenso do mercado falava em um lucro de R$ 8,66 bilhões, segundo levantamento da Bloomberg.

Com os resultados do segundo trimestre, o banco chega a um lucro líquido ajustado recorde semestral de R$ 17,3 bilhões, impulsionado pelo crescimento da margem financeira bruta decorrente de um bom desempenho da carteira de crédito e de títulos e valores mobiliários alocados em tesouraria.

O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) atingiu 21,3% no segundo trimestre, alta de 0,50 ponto percentual em relação ao ano passado.

Carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada, que inclui carteira classificada, TVM privados e garantias, encerrou junho de 2023 com saldo de R$ 1,04 trilhão, crescimento trimestral de 1,2% e avanço de 13,6% em 12 meses.

A carteira ampliada pessoa física cresceu 10% em 12 meses, influenciada, principalmente, pelo desempenho do crédito consignado

A carteira ampliada pessoa jurídica subiu 10,4% em 12 meses, com destaque para os desempenhos das operações de capital de giro, investimento e ACC/ACE.

Enquanto isso, a carteira ampliada de agro mostrou forte crescimento de 22,7% em 12 meses. No comparativo trimestral, recuou 0,3%, refletindo a liquidação de operações de custeio, “que ocorre sazonalmente no último trimestre do Plano Safra”, explicou a estatal.

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,3 bilhões, influenciadas positivamente pelas linhas de operações de crédito e garantias e consórcios.

“Essa performance reflete o bom desempenho comercial nas linhas, com maiores desembolsos de crédito, notadamente para clientes do atacado, e elevação na comercialização de consórcios no período, que alcançou 104 mil novas cotas em um total de R$ 8,5 bilhões em cartas”, disse o BB.

Despesas

As despesas administrativas atingiram R$ 9 bilhões no segundo trimestre. O índice de eficiência acumulado em 12 meses foi de 28,3%, o melhor da série histórica.

O índice de inadimplência INAD+90d (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) apresentou crescimento trimestral, atingindo 2,73%, abaixo do Sistema Financeiro Nacional
(SFN).

Sem citar diretamente a Americanas (AMER3), o BB explicou que, no trimestre, parte das operações de crédito com um “cliente específico do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023” passou a impactar o indicador de inadimplência acima de 90 dias.

“Sem este impacto, o INAD+90d do Banco do Brasil seria de 2,65%”, destacou a companhia.

A PCLD (provisão para crédito de liquidação duvidosa) ampliada, composta pelos valores recuperados de perdas e despesas de risco de crédito, além de descontos concedidos e perdas por imparidade, avançou 22,6% no comparativo trimestral e mais que dobrou em relação ao segundo trimestre de 2022.

Revisão de guidance

A instituição revisou algumas linhas do guidance para 2023, com elevação das projeções para PCLD ampliada, agora entre R$ 23-27 bilhões, enquanto as estimativas para a variação das despesas administrativas foram mantidas na faixa de 7-11%.

A variação para o crescimento da carteira de crédito foi a 9-13%, de 8-12%. Para a margem financeira bruta, as projeções subiram para variação de 22-26%.

Para receitas de prestação de serviços, as estimativas encolheram e passaram a considerar avanço entre 4-8%.

O lucro líquido esperado para 2023 foi mantido em R$ 33-37 bilhões.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin