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Banco do Brasil (BBAS3): Por que ações voltaram a cair nesta segunda?

25 ago 2025, 18:09 - atualizado em 25 ago 2025, 18:09
Banco do Brasil
Nesta segunda-feira, as ações do BB fecharam em queda de 2,2%, a R$ 20,05 (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) voltaram a recuar nesta segunda-feira, ainda fragilizadas por ruídos relacionados à atuação do banco na aplicação da Lei Magnitsky, enquanto o BB acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) contra o que chamou de “publicações inverídicas e maliciosas” envolvendo a instituição.

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Em ofício à AGU na sexta-feira, o BB elencou uma série de publicações em sites e perfis de redes sociais e pediu que sejam adotadas as medidas jurídicas cabíveis, “com a urgência necessária”.

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“O Banco do Brasil, como relevante integrante do Sistema Financeiro Nacional, teve seu nome, de tradição bissecular, envolvido em diversas fake news que propagam a desordem financeira do país nos últimos dias”, afirma o BB no documento à AGU ao qual a Reuters teve acesso.

“Mais precisamente, a partir do dia 19 de agosto de 2025, diversos perfis de redes sociais veicularam notícia falsa envolvendo o Banco do Brasil e seu posicionamento institucional frente às sanções impostas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos da América por meio da OFAC (Office of Foreign Assets Control), com base na chamada Lei Global Magnitsky.”

Procurada, a AGU não se manifestou imediatamente.

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Nesta segunda-feira, as ações do BB fecharam em queda de 2,2%, a R$ 20,05.

No dia 19, os papéis desabaram na B3, fechando em queda de 6%, em meio a ruídos desencadeados por decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que leis e decisões estrangeiras não se aplicam a brasileiros no Brasil até que o Supremo as homologue.

A decisão de Dino foi vista pelo mercado como uma referência indireta à Lei Magnitsky, aplicada recentemente pelo governo de Donald Trump contra o ministro Alexandre de Moraes, também do STF, que o impede de manter contas e investimentos em instituições financeiras ligadas aos EUA, destacou a equipe da Genial Investimentos.

“Esse cenário intensificou a aversão a risco no mercado financeiro, ao expor o setor bancário a potenciais consequências relevantes”, afirmaram os analistas Eduardo Nishio e Nina Mirazon, em relatório publicado na última sexta-feira.

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Ainda no último dia 19, o BB afirmou que está preparado para lidar com temas complexos e sensíveis que envolvem regulamentações globais e que atua em plena conformidade à legislação brasileira, às normas dos mais de 20 países onde está presente e aos padrões internacionais que regem o sistema financeiro.

No ofício à AGU, o banco afirmou que, “após o impulsionamento massificado das fake news, clientes do Banco do Brasil apresentaram pedidos de esclarecimento pelo temor de sanções secundárias falsamente propagadas”.

Procurado nesta segunda-feira, o banco reiterou informação de nota publicada na última sexta-feira de que tomará todas as medidas legais cabíveis para proteger sua reputação em meio a notícias sugerindo que clientes retirem seus depósitos da instituição.

O BB ressaltou no comunicado que, conforme a Lei 7.492/1986, que trata de crimes contra o sistema financeiro nacional, quem divulga informações falsas ou incompletas sobre instituições financeiras pode estar sujeito à pena de reclusão de dois a seis anos, e multa.

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Os papéis do banco também têm sido pressionados recentemente por preocupações com o desempenho do BB, após o balanço do segundo trimestre mostrar um resultado fraco, minado principalmente pelo aumento na inadimplência no segmento do agronegócio.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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