Comprar ou vender?

Banco do Brasil (BBAS3): Risco Bolsonaro deixou de fazer preço?

14 ago 2022, 15:38 - atualizado em 14 ago 2022, 15:38
Porém, com o lucro, os analistas dizem que o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de 20,6% no trimestre mudou nossa visão para a rentabilidade da companhia no médio prazo” (Imagem: Agência Brasil)

Após a entrega de um estrondoso lucro de R$ 7,8 bilhões, a Ativa Investimentos elevou Banco do Brasil (BBAS3) de neutro para compra, com preço-alvo de R$ 53,7, potencial de alta de 21%.

Até então, a corretora mantinha restrição com o papel devido aos riscos políticos, principalmente por conta das eleições.

Porém, com o lucro, os analistas dizem que o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de 20,6% no trimestre mudou nossa visão para a rentabilidade da companhia no médio prazo, compensando seu risco político mesmo próximo as eleições e alterando nossa recomendação”.

Para a corretora, apesar do cenário macroeconômico conturbado, o setor agropecuário segue em forte crescimento. 

“Como consequência disso, as linhas de crédito rural devem manter boa expansão com inadimplência baixa”, diz.

Além disso, o seu elevado índice de cobertura que está na casa de 271%, em conjunto com a qualidade da carteira, permite ao banco ser mais agressivo no seu crescimento, conseguindo, inclusive, expandir em linhas de maior risco e com juros maiores também.

“O elevado índice de cobertura também possibilita a empresa não provisionar tanto quanto seus pares, contribuindo para um lucro da companhia maior que os bancos privados”, completa.

A Ativa sustenta que o banco vêm melhorando a sua eficiência a cada trimestre, com a manutenção das despesas administrativas em um período altamente inflacionário, enquanto cresce as receitas operacionais, demonstrando mais uma vez a qualidade de gestão.

Risco para o Banco do Brasil

Apesar do otimismo, os analistas dizem que o risco de mudança e reversão do belo resultados sempre existe pelo fator estatal, ainda mais com o período eleitoral.

O surgimento de fintechs e bancos digitais em conjunto com as medidas do Banco Central como o Pix e open
Banking também é um ponto de preocupação, “já que
vem trazendo mais competitividade ao setor bancário, fazendo com que os bancos tradicionais percam marketshare em algumas linhas de crédito e dificulte seu crescimento na receita com serviço”.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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