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Banco do Brasil (BBAS3): Safra calcula retorno de dividendos e diz se ação vale a pena

21 ago 2025, 13:12 - atualizado em 21 ago 2025, 13:12
Banco do Brasil
Com os números em mãos, o Safra revisou BBAS3 e reafirmou o seu pessimismo (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Banco do Brasil (BBAS3), um dos queridinhos de investidores pessoa física, passou por forte correção nos últimos meses, com queda de 17% no ano.

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Além de resultados abaixo do esperado, com ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de apenas 8,4%, o banco cortou a distribuição de dividendos de 40% para 30%.

Com os números em mãos, o Safra revisou BBAS3 e reafirmou o seu pessimismo. O preço-alvo foi cortado de R$ 26 para R$ 23, potencial de 16%, com recomendação neutra.

“O banco aparenta estar barato nos múltiplos ajustados, mas, em nossa visão, o valuation não parece tão atraente diante do cenário atual”, dizem os analistas.

Na projeção do Safra, o lucro líquido ajustado de R$ 21 bilhões está agora alinhada ao piso do guidance.

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Porém, os analistas veem uma assimetria negativa de riscos em relação à aparente barganha no valuation, “considerando o atual ambiente macroeconômico e o cenário de crédito ligado ao agronegócio”.

Banco do Brasil: Retorno de dividendos magros

Os analistas também dizem que usando dados do próprio banco, se nota que o lucro distribuível é 5% menor que o lucro contábil, que por sua vez já é R$ 2 a 3 bilhões menor que o lucro ajustado, por conta de despesas trimestrais com provisões de processos relacionados a planos econômicos.

O BB fornece guidance sobre o lucro líquido ajustado, e múltiplos ou dividendos são comumente calculados a partir dessa base. Na prática, isso implica um preço sobre o lucro (P/L)para 2025 de 5x, com dividend yield de 6%.

Porém, ao recalcular os múltiplos com base no lucro distribuível, o Safra vê que o banco, na verdade, negocia próximo de 6x P/L 2025 e 5% de yield.

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Além disso, o banco agora guia payout de 30%, mas como já distribuiu 35% no primeiro semestre, isso implica um payout de apenas 25% no segundo semestre e, consequentemente, um yield ainda menor.

Mais cedo, o banco informou que não realizará o pagamento antecipado de remuneração aos acionistas.

Isso se deve à necessidade de convergência para o payout (parcela do lucro distribuída para acionistas) de 30% recentemente aprovado, o pagamento de dividendos referentes ao terceiro trimestre de 2025 ocorrerá integralmente em 11 de dezembro de 2025.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.