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O banco mais prejudicado pela possível decisão de Haddad

25 jul 2023, 12:10 - atualizado em 26 jul 2023, 12:15
Fachada da agência do Banco do Brasil, na Av. Paulista (Kaype Abreu/Money Times)
Banco do Brasil teria redução de 49% do preço-alvo, segundo o Bradesco BBI. (Kaype Abreu/Money Times)

O Banco do Brasil (BBAS3) deve ser o banco de maior capitalização mais prejudicado pela extinção dos juros sobre capital próprio (JCP), avaliou o Bradesco BBI – que não considera o próprio Bradesco em sua cobertura.

Na véspera, as ações do setor aprofundaram perdas após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmar que o governo prepara mudanças na tributação dos proventos. 

“Dado que esta é uma questão importante na frente de regulamentação para os bancos, uma vez que são grandes pagadores de JCP, decidimos reavaliar nossos cálculos anteriores para analisar a magnitude do impacto”, disse hoje o Bradesco BBI em relatório.

A instituição também considerou no novo cálculo uma tributação de 15% dos dividendos, de acordo com documento assinado pelos analistas Gustavo Schroden e Renato Chanes.

“Como resultado, estimamos que a remoção do JCP representaria aproximadamente 20% do lucro líquido dos bancos em 2023 e teria um impacto de, aproximadamente, 29% nos preços-alvo para 2023, enquanto a tributação de dividendos representaria aproximadamente 13% de nossos preços-alvo”.

Banco do Brasil mais afetado

Entre os bancos de maior capitalização, o Banco do Brasil seria o mais impactado, com redução de 49% do preço-alvo, disse o Bradesco BBI.

Em seguida, os mais prejudicados seriam Santander Brasil (SANB11), com baixa de 40% no preço-alvo, Itaú Unibanco (ITUB4), redução de 36%, e BTG Pactual (BPAC11), diminuição de 24%.

Em relação aos bancos de médio porte, acrescentou o Bradesco BBI, o Banrisul (BRSR6) seria o mais impactado (68%), seguido pelo ABC Brasil (ABCB4), com 51%, e Banco Pan (BPAN4), com 46%.

“Ressaltamos que o impacto potencial no lucro líquido foi calculado com base no percentual do benefício fiscal sobre o lucro líquido de 2023 de cada banco, assumindo a taxa de juros delongo prazo (TLP) e a alíquota de 45% do imposto de renda aplicada aos bancos”.

O Valor Presente Líquido (VPL) foi estimado trazendo benefícios fiscais futuros do cálculo anterior para valores presentes, ponderou o banco. Já tributação dos dividendos foi calculada aplicando-se uma alíquota de 15% sobre os dividendos futuros estimados e trazendo-os a valor presente, explicou.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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