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Banco do Brasil (BBAS3): Por que ação despencou quase 7% em minutos?

01 ago 2025, 18:51 - atualizado em 01 ago 2025, 19:42
Banco do Brasil fundo imobiliário TVRI11
Segundo analistas que conversaram com o Money Times, o motivo foram números péssimos divulgados pelo Banco Central (Imagem: Tarcisio Schnaider/iStock)

Tudo caminhava para um dia tranquilo para o Banco do Brasil (BBAS3). Porém, por volta das 15h30, a ação afundou quase 7% em minutos.

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O papel fechou em queda de 6,85%, empurrando a ação para R$ 18,39, o que resultou em uma perda de R$ 7,7 bilhões em valor de mercado.

A instituição encerrou o pregão com valor de R$ 104,75 bilhões, retornando a patamares que não eram vistos desde 16 de janeiro de 2023, quando o banco era avaliado em R$ 101,6 bilhões, segundo dados Elos Ayta.

Para analistas que conversaram com o Money Times, o motivo foram números péssimos divulgados pelo Banco Central.

Todo o mês, o BC divulga balancetes das instituições. O mercado utiliza esses dados para estimar os lucros trimestrais.

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Segundo os números da instituição, o banco reportou lucro de R$ 500 milhões em maio, bem menor do que o reportado em abril, de R$ 1,7 bilhão.

Trata-se de um tombo de 70% no mês e 85% no ano.

Veja na tabela abaixo:

Fonte: Safra

Essas cifras não representam necessariamente o que banco irá divulgar no balanço trimestral, mas dão um indicativo.

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Um analista calcula lucro trimestral entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões a partir desses dados, quando o mercado esperava lucro de R$ 6 bilhões, segundo projeções da Bloomberg.

“Infelizmente, a Tarciana (CEO do BB) e companhia conseguiram errar a mão feio”, disse um outro analista.

Já o Safra diz que os lucros do Banco do Brasil continuaram a deteriorar-se sequencialmente, registrando um lucro líquido acumulado no trimestre de R$ 2,3 bilhões.

“Se as tendências atuais persistirem, os ganhos no segundo trimestre devem ficar entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões, abaixo da nossa estimativa de R$ 4,6 bilhões e bem abaixo do consenso”.

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Para Ativa, os resultados do segundo trimestre do Banco do Brasil devem refletir novamente a deterioração da inadimplência em algumas culturas do agronegócio.

Mais cedo, analistas do BTG Pactual cortaram previsões para o banco e reduziram o preço-alvo de R$ 30 para R$ 24, reiterando recomendação neutra.

Lei Magnitsky?

Outro ruído diz respeito à Lei Magnitsky, lei aplicada pelos Estados Unidos contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Segundo notícia do O Globo, o deputado licenciado, Eduardo Bolsonaro, teria voltado ao governo Trump para pedir bloqueio total de contas de Moraes no Brasil, em dólar e em real.

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Segundo interlocutores de Eduardo, os representantes de Departamento de Estado americano relataram que a sanção envolveria a proibição de operações financeiras em qualquer moeda.

O temor é que possa haver alguma punição aos bancos.

Apesar disso, analistas disseram haver ‘zero relação’ com a queda.

A Ativa também escreveu que, até o momento, não há informações materiais que estabeleçam uma ligação direta entre a Lei Magnitsky e o Banco do Brasil.

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“Ainda assim, o episódio adiciona mais uma camada de incerteza em torno do papel, o que é negativo do ponto de vista de precificação. O aumento do ruído reforça a necessidade de cautela por parte do investidor quanto à exposição em BBAS3”.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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