Internacional

Banco do Japão manterá afrouxamento monetário para atingir meta de inflação

12 abr 2023, 9:41 - atualizado em 12 abr 2023, 9:41
Sede do BC do Japão em Tóquio
Uchida disse que as instituições financeiras japonesas estão equipadas com capital suficiente e bases de captação de recursos, tornando “limitado” qualquer impacto dos problemas bancários ocidentais desde março (Imagem: REUTERS/Kim Kyung-Hoon)

O Banco do Japão continuará com o afrouxamento monetário para atingir sua meta de inflação de 2% acompanhada de aumentos salariais de maneira sustentável e constante, disse o novo vice-presidente do banco central japonês, Shinichi Uchida, nesta quarta-feira.

O comentário seguiu declarações anteriores do presidente da instituição, Kazuo Ueda, de que é apropriado manter a política monetária ultrafrouxa por enquanto, já que a inflação ainda não atingiu sua meta de 2% de forma sustentável.

A promessa repetida de Ueda de manter a política pode diminuir qualquer expectativa de reverter a postura de dinheiro fácil do Banco do Japão em breve, especialmente quando os mercados globais permanecem nervosos com o risco de contágio dos problemas do setor bancário dos EUA e da Europa.

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Uchida disse que as instituições financeiras japonesas estão equipadas com capital suficiente e bases de captação de recursos, tornando “limitado” qualquer impacto dos problemas bancários ocidentais desde março.

Uchida estava lendo um discurso em reunião anual de associações de confiança em nome de Ueda, que está viajando para Washington para participar das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

“Espera-se que o ritmo dos aumentos de preços diminua no meio deste ano fiscal devido às medidas do governo para conter os preços de energia e à medida que os efeitos das empresas que repassam os custos diminuem”, disse Uchida.

“O Banco do Japão continuará com o afrouxamento monetário para atingir a meta de estabilidade de preços de maneira sustentável e estável, enquanto apoia a economia junto com aumentos salariais.”