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Bancos colocam Ibovespa acima dos 103 mil pontos; Vale recua

03 set 2020, 11:44 - atualizado em 03 set 2020, 11:44
Ibovespa
Às 11:11, o Ibovespa subia 1,08 %, a 103.011,5 pontos. O volume financeiro somava 8,1 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Rahel Patrasso)

O Ibovespa firmava-se em alta nesta quinta-feira, superando os 103 mil pontos, puxado pelo forte avanço das ações dos bancos, enquanto Vale era destaque negativo, em sessão marcada pela apresentação da proposta de reforma administrativa do governo e cenário misto no ambiente financeiro externo.

Às 11:11, o Ibovespa subia 1,08 %, a 103.011,5 pontos. O volume financeiro somava 8,1 bilhões de reais.

Em Brasília, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa dará ao presidente poder para extinguir cargos, reorganizar autarquias e fundações e extinguir órgãos sem a aprovação do Congresso, com a condição de que as medidas não impliquem aumento de despesas.

No exterior, números sobre a economia norte-americana e novo pacote de estímulos econômicos na Europa, desta vez na França, repercutiam nos negócios. Após renovar máximas na véspera, o norte-americano S&P 500 cedia 0,95%, com o rali de papéis de tecnologia reduzindo o fôlego.

O Bank of America publicou relatório nesta quinta-feira reiterando recomendação ‘marketweight’ para as ações brasileiras na América Latina, avaliando que a crescente demanda será parcialmente compensada pela oferta. Entre IPOs e follow-ons, o número de operações já supera 40 desde o começo do ano.

“O fluxo de recursos para fundos de ações locais atingiram 50 bilhões de reais no acumulado do ano, tendência que deve continuar à medida que os juros permanecem baixos e o número de investidores na bolsa local continua aumentando”, afirmaram os estrategistas, destacando que ofertas também seguem crescendo.

Destaques

Bradesco (BBDC4) subia 4,64%,  Itaú (ITUB4) avançava 4,45% e Banco do Brasil (BBAS3) valorizava-se 4,24%, tendo no radar relatório do Bank of America elevando recomendação para o setor financeiro no país para ‘marketweight’, afirmando ver o setor “suficientemente negligenciado”. “Nós aumentamos nossa alocação em Bradesco, Itaú e Banco do Brasil (apenas no portfólio de Brasil) e também de B3”, afirmaram. B3 ON avançava 0,88%.

Vale (VALE3) caía 1,6%, após o Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais ajuizar uma ação civil pública pedindo intervenção judicial na mineradora, com o afastamento dos executivos responsáveis pela política de segurança da companhia. O MPF também pede a suspensão de pagamento de dividendos a acionistas. Em comunicado, a Vale disse que não foi citada e apresentará sua manifestação nos autos do processo, no prazo legal.

Hering (HGTX3) subia 4,64%, mais uma vez entre as maiores altas. Analistas do Credit Suisse afirmaram em relatório a clientes nesta quinta-feira que saíram com uma percepção mais positiva após reunião com executivos da varejista de vestuário, com a principal mensagem do encontro sendo a de que a situação começou a se normalizar. Ainda assim preferiram manter a recomendação ‘neutra’ à espera de um cenário macroeconômico menos turvo e melhora consistente de resultados.

Embraer (EMBR3) subia 3,83%, na esteira de anúncio nesta quinta-feira de que está cortando 4,5% do seu efetivo total, o que corresponde a cerca de 900 trabalhadores no Brasil, como medida para lidar com os efeitos causados pela Covid-19 na economia global e pelo cancelamento da parceria com a norte-americana Boeing.

Magazine Luiza (MGLU3) perdia 1,63%, em sessão negativa para o setor de varejo com atuação relevante no ecommerce, em meio a anúncio da Amazon de que está abrindo seu quinto e maior centro logístico no Brasil, na esteira da expansão do comércio eletrônico com as medidas de isolamento social para conter a pandemia da Covid-19. No setor, B2W (BTOW3) perdia 1,78% e  Via Varejo (VVAR3) caía 0,10%.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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