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Bancos estão dispostos a ceder dividendos para dar mais tempo à Odebrecht, avalia Guide

26 set 2019, 17:49 - atualizado em 26 set 2019, 17:50
Odebrecht
“Os bancos credores estão dispostos a ceder nos dividendos para dar mais tempo à Odebrecht, por entenderem que podem extrair mais valor da Braskem no futuro”, afirma a Guide (Imagem: Jayme Gershen/ Bloomberg)

Segundo a Guide Investimentos, a possibilidade dos bancos credores da OdebrechtItaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e BNDES – de liberar o pagamento de dividendos de 2018 da Braskem (BRKM5) deve ser vista como positiva para a petroquímica.

“Os bancos credores estão dispostos a ceder nos dividendos para dar mais tempo à Odebrecht, por entenderem que podem extrair mais valor da Braskem no futuro”, afirma a corretora.

Em negociação com a Odebrecht para definir o plano de recuperação judicial da empreiteira, os bancos estão levantando uma série de questões no acordo, dentre elas a execução de garantias das instituições financeiras que detêm as ações da Braskem e ainda a destinação dos dividendos da petroquímica.

Segundo a matéria d’O Petróleo, pode-se esperar que a Braskem volte a ser posta à venda em 2020. A Odebrecht também informou a possibilidade de ceder na justiça o bloqueio do direito dos credores em alienar as ações se os bancos concordarem em não vender os papéis em até dez meses. Em troca, a empreiteira buscaria definir uma liberação sobre o pagamento dos dividendos do ano passado.

A Guide também destaca algumas pendências da Braskem que podem servir de empecilho para a conclusão do caso: “O passivo em Alagoas referente à exploração de minas de sal-gema e a falta de entrega do documento 20-F à Securities Exchange Comission (SEC) nos Estados Unidos ainda são entraves para uma possível alienação do controle”.

A corretora acredita que a companhia deve continuar a focar em resolver essas questões para conseguir destravar uma possível venda do controle.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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