Bancos

Bancos: não será desta vez, que os juros vão baixar para os clientes

19 maio 2020, 16:37 - atualizado em 19 maio 2020, 19:36
Real Dinheiro
Vertiginoso: Congresso quer limitar a taxa de juros cobrada dos clientes pelos bancos (Imagem: REUTERS/Bruno Domingos)

O BTG Pactual (BPAC11) considera pequenas as chances de o Congresso aprovar regras muito rígidas para o setor bancário, com o objetivo de impedir que os juros altos cobrados pelos empréstimos dificultem a retomada do consumo e da economia em geral.

A discussão ganhou força nas últimas semanas, quando os parlamentares se mobilizaram para aprovar leis que ajudem o país a sair da recessão em que, inevitavelmente, cairá devido à pandemia de coronavírus.

Entre as de maior destaque, estão a proposta para estabelecer um teto para os juros cobrados no cartão de crédito e no cheque especial, e o aumento da alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido).

No momento em que a taxa básica de juros (Selic) se encontra no menor nível da história (3% ao ano), a pressão para que o Banco Central e as autoridades, em geral, atuem para baixar os juros cobrados pelos bancos nas operações com os clientes só aumenta.

Eduardo Rosman e Thomas Peredo, que assinam o relatório do BTG, lembram que, nesta semana, o relator do projeto, o senador Lasier Martins (Podemos-RS), propôs elevar de 20% para 30%, o teto dos juros cobrados no cartão e no cheque especial.

O senador também aceitou encurtar a vigência da restrição. Inicialmente, o teto valeria até julho de 2021, mas, na sua versão, a medida vigorará apenas pelo tempo que durar a pandemia de coronavírus.

A parte do leão

Outro projeto que preocupa os bancos é o aumento da alíquota da CSLL, que incide sobre os lucros e, atualmente, é de 15%.

Diversos projetos propondo o aumento da CSLL para os bancos tramitam pela Câmara e pelo Senado, mas a que parece mais encaminhada é a do senador Weverton Rocha (PDT-MA). O texto propõe elevar o imposto para 50%.

“Apesar de todo o ruído negativo, ainda acreditamos que medidas mais agressivas, como um aumento da CSLL de 30 pontos percentuais e o teto para os juros, atrelado à obrigação de manter os limites de crédito inalterados, são menos prováveis de passar”, dizem os analistas.

O BTG acrescenta que, “como estamos falando de muitos projetos, as chances de negociação para aprovar medidas menos agressivas crescem”.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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