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Baratas e resilientes: TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3) são boas opções para quem quer reduzir risco, diz BTG

10 jul 2022, 15:26 - atualizado em 10 jul 2022, 15:26
Empresas de telecomunicações são enormes geradoras de caixa e prestam um serviço essencial, protegendo-as de serem fortemente afetadas por crises econômicas, diz BTG (Imagem: REUTERS/Yara Nardi)

As grandes empresas de telecomunicações TIM Brasil (TIMS3) e Vivo (VIVT3) são boas opções de investimento para quem está em busca de duas coisas: papéis baratos e proteção contra a deterioração do cenário macroeconômico, afirma o BTG Pactual (BPAC11).

A TIM é a principal escolha do banco no setor. Porém, tanto ela quanto a Vivo são negociadas em patamares “altamente descontados” em relação aos pares globais, de acordo com um relatório divulgado na semana passada pelo banco, que tem recomendação de compra para os dois nomes.

Segundo o BTG, a Tim e a Vivo negociam a 3,9 vezes e 4,7 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) estimado para 2022, contra 6,5 vezes dos pares globais.

Além disso, por serem ações de valor, as empresas tendem a superar o mercado geral em períodos econômicos mais instáveis, como o atual, de inflação e juros elevados, medo de uma potencial recessão e guerra entre Rússia e Ucrânia.

“As telecomunicações são enormes geradoras de caixa e prestam um serviço essencial, protegendo-os de serem fortemente afetados por crises econômicas”, destacam os analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi.

“A resiliência de seus negócios pode evitar grandes riscos para sua lucratividade”, acrescentam.

O BTG chama atenção para o aumento da eficiência das teles. E, apesar da recente deterioração, as companhias conseguiram aumentar suas margens nos últimos anos.

Aquisição da Oi Móvel

A preferência pela TIM tem a ver com a aquisição dos ativos móveis da Oi (OIBR3;OIBR4). O BTG diz que a TIM ganha mais com a compra, até porque a companhia levou a maior fatia na operação.

Na avaliação do BTG, um gatilho positivo que a aquisição deve trazer para as empresas do setor é que ela pode impulsionar o próximo ciclo de expansão das margens.

A TIM e a Vivo esperam que as margens Ebitda marginais dos clientes da Oi atinjam aproximadamente 70% na maturidade, embora seja provável que venham inicialmente um pouco menores, mas ainda em níveis elevados.

A TIM estima margem EBITDA em torno de 60% nos clientes Oi migrados este ano.

“As margens não estão atingindo todo o seu potencial em 2022/2023 porque os compradores contrataram a Oi para fazer o trabalho de migração de clientes. Como essa fase será encerrada em 12 meses, as margens devem aumentar naturalmente a partir de então”, ressalta o BTG.

Em relação ao capex das empresas, a Vivo e, principalmente, a TIM devem conseguir otimizar os investimentos em rede com a aquisição da Oi Móvel.

“Ambas receberam um grande número de sites da Oi (a TIM recebeu 7,2 mil e a Vivo 2,7 mil), e, como muitos desses sites estão próximos de sua infraestrutura de torre existente, elas devem ser capazes de descomissionar uma parcela considerável (60% para TIM; 50% para a Vivo), gerando sinergias operacionais”, explicam Sequeira e Carfi.

“Os demais sites (2,8 mil para TIM; 1,35 mil para Vivo) estão em localidades que devem aumentar a cobertura, reduzindo a necessidade de investimentos futuros”, completa.

Devido à aquisição da Oi Móvel e a obrigações relacionadas ao leilão 5G, as empresas estão enfrentando grandes saídas de caixa em 2022. No entanto, as empresas estão bem capitalizadas, continuam gerando muito caixa e possuem baixa alavancagem, destaca o BTG.

“A Vivo encerrou o primeiro trimestre de 2022 com uma posição de caixa de R$ 6,4 bilhões e alavancagem de 0,5 vez (com arrendamentos), enquanto a TIM encerrou o trimestre com R$ 8,1 bilhões em caixa e alavancagem de 0,5 vez (com arrendamentos)”, lembram os analistas do banco.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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