Política

Bastidores de Brasília: Os três principais economistas de Lula

06 maio 2022, 18:34 - atualizado em 06 maio 2022, 18:34
Lula e Alckmin
Vice na chapa de Lula, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin também terá como missão ajudar no diálogo com setores econômicos (Imagem: REUTERS/Carla Carniel)

Embora tenha um verdadeiro exército de economistas que discutem propostas para compor seu programa de governo, Luiz Inácio Lula da Silva ouve, de fato, apenas três nomes no momento: os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Nelson Barbosa, além do presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante.

Integrantes da campanha afirmam que há muita especulação sobre nomes que são colocados como porta-vozes do ex-presidente junto ao mercado financeiro, sendo que alguns Lula sequer conhece pessoalmente.

À medida que a campanha avançar, afirmam esses integrantes, outros economistas ganharão protagonismo, inclusive de partidos aliados, mas isso ainda é algo em construção.

O papel de Alckmin

Vice na chapa de Lula, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin também terá como missão ajudar no diálogo com setores econômicos. Entre eles estão o agronegócio, o segmento médico e também automotivo.

A partir da oficialização da campanha, Lula e Alckmin viajarão pelo país juntos. A ideia é mostrar aos eleitores e ao setor produtivo que a participação do ex-governador na chapa é para valer e não algo figurativo.

A volta do Planejamento

Entre os planos de Lula caso seja eleito está a recriação dos ministérios do Planejamento e do Desenvolvimento, que foram colocados sob a batuta da Economia no governo de Jair Bolsonaro. O Planejamento se tornaria uma pasta turbinada e abrigaria, por exemplo, um programa robusto de reforço do investimento público.

Alianças do STF

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) chegaram à conclusão de que é preciso construir uma aliança com o Congresso e resgatar a proximidade que ocorreu na época da votação da PEC do voto impresso.

Naquela ocasião, houve não apenas diálogo, mas uma real articulação para derrotar a ideia apoiada por Bolsonaro de exigir a impressão de cédulas físicas conferíveis pelos eleitores.

Membros da comissão parlamentar que analisou o assunto chegaram a ser substituídos e até líderes do centrão que apoiavam o presidente trabalharam em cooperação com o Judiciário contra Bolsonaro.

A ideia dos ministros é voltar a fazer essa interlocução mais próxima a partir de agora e evitar crises como a desencadeada pela condenação pelo STF do deputado Daniel Silveira.

Teto em reforma

Como já admitiu o próprio Bolsonaro, integrantes da equipe econômica reforçam que o governo terá que fazer ajustes na regra do teto de gastos caso o presidente seja reeleito.

O governo não consegue usar um centavo do excesso de arrecadação para investimentos em infraestrutura por causa do teto, afirmou Bolsonaro na semana passada, em entrevista à Rádio Metrópole FM. Svai fazer águaegundo ele, uma alteração da regra poderá ser discutida depois das eleições.

Segundo técnicos da Economia, de fato, algo terá que ser retirado do limite — sejam gastos para combate à pobreza com recursos das estatais, sejam investimentos públicos. O importante, afirmam, é manter o conceito de despesas controladas, ainda que com exceções.

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