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BB Seguridade reduz lucro em 11%, a R$ 975,8 milhões

08 nov 2021, 8:19 - atualizado em 08 nov 2021, 8:19
BB Seguridade
Holding foi impactada por marcação a mercado negativa com a abertura da estrutura a termo de taxa de juros nominal e real; (Imagem: Facebook/BB Seguros)

A BB Seguridade (BBSE3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 975,8 milhões no terceiro trimestre, uma redução de 10,9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado pela companhia nesta segunda-feira (8).

A cifra ajustada retira o efeito de R$ 1,4 milhão desembolsado há um ano em uma doação para o amparo de populações carentes mais afetadas pandemia de covid-19. Sem o efeito extraordinário, a queda do lucro foi de 11%.

Segundo a BB Seguridade, contribuíram para o resultado ajustado do terceiro trimestre:

  • Brasilprev (- R$ 146,0 milhões): fruto de marcação a mercado negativa com a abertura da estrutura a termo de taxa de juros nominal e real e do descasamento temporal na atualização dos ativos e passivos indexados ao IGP-M dos planos tradicionais. O resultado proveniente da Brasilprev foi reduzido em R$ 10,8 milhões pelo aumento da CSLL, já líquido de um efeito positivo de R$ 269 mil referente à reavaliação de ativos fiscais;
  • Brasilseg (- R$ 16,2 milhões): impactado por uma maior sinistralidade nos produtos com cobertura de morte e rurais e pelo incremento na CSLL, que reduziu em R$ 16,5 milhões o resultado vindo da Brasilseg.

Por outro lado, a companhia destacou que o segmento de distribuição, notadamente a BB Corretora, manteve a dinâmica de crescimento (em alta de R$ 32,6 milhões), com maiores receitas de corretagem, suportadas pelo bom desempenho comercial em seguros e previdência, e com o incremento do resultado financeiro.

Já a Brasilcap registrou aumento de R$ 10,9 milhões, devido principalmente ao maior resultado financeiro originado de operações de hedge da carteira pré-fixada marcada a mercado, “aumento esse que seria R$ 3,3 milhões superior não fosse a alta da CSLL”.

A linha de outras receitas e despesas da BB Seguridade cresceu 100,5% em relação ao mesmo período de 2020, em grande parte devido ao reconhecimento no trimestre de um menor volume de receitas do programa de ADR Nivel I (-28,5%) e por maiores despesas com pessoal (+6,3%).

Por outro lado, as despesas com tributos contraíram 12,9%, disse a empresa. Já o resultado financeiro apresentou incremento de 2,4%, explicado pelo maior saldo médio de aplicações financeiras e pela taxa Selic mais elevada.

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Desempenho no ano

Para a BB Seguridade, ao comparar o desempenho do terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre de 2021, “fica evidente o início da recuperação do resultado, após um primeiro semestre severamente impactado pelo pior momento da pandemia e pela alta do IGP-M”.

O resultado operacional consolidado cresceu 12,4%, com a sinistralidade combinada dos seguros relacionados à vida retornando aos patamares do primeiro trimestre de 2021, em função da queda no número de mortes por covid-19 no país.

Já o resultado financeiro combinado, que no segundo trimestre foi negativo em R$ 101,7 milhões, voltou a ser positivo no terceiro quarto do ano, totalizando uma contribuição de R$ 14,0 milhões para o lucro líquido ajustado, reflexo da desaceleração do IGP-M e alta do IPCA, além de aumento da taxa média Selic.

A BB Seguridade ainda destacou os seguintes números do ano:

  • Seguros: prêmios emitidos crescem 16,9% no 9M21 e sinistralidade começa a melhorar;
  • Previdência: captação bruta cresce 16,7% e 228 mil novos planos são adicionados até setembro de 2021;
  • Capitalização: reservas de capitalização alcançam saldo de R$ 8 bilhões e base de clientes cresce 13% em 12 meses;
  • Planos odontológicos: 17 mil novas adesões.

Veja o release de resultados da companhia:

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.