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BBAS3, ITUB4, B3SA3: O impacto do corte da Selic para o setor financeiro, segundo BofA

03 ago 2023, 20:30 - atualizado em 03 ago 2023, 20:30
Déficit
Selic menor acelerará crescimento de empréstimos, diz BofA (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros brasileira, a Selic, deve gerar impacto para as empresas do setor financeiro de diversas maneiras, avalia o Bank of America (BofA), em relatório publicado nesta quinta-feira (3).

De acordo com a instituição, o impacto deve vir na forma de:

  • aceleração do crescimento de empréstimos;
  • gradual contração da margem líquida de juros;
  • menor taxa de inadimplência e endividamento de famílias;
  • maior atividade do mercado de capitais;
  • menores custos de financiamento para companhias de pagamentos; e
  • resultados financeiros menores para empresas do setor de seguros.

O BofA explica que a melhora da situação financeira das famílias e a queda nas taxas de financiamento impulsionaram a demanda e a oferta por crédito nos ciclos anteriores.

Não à toa, os bancos estatais anunciaram mudanças nas taxas de juros. Logo após a decisão do Copom, o Banco do Brasil (BBAS3) e a Caixa Econômica Federal confirmaram a redução da taxa do crédito consignado do INSS. Além disso, o Banco do Brasil também anunciou o corte de juros nas demais modalidades de empréstimos.

Na opinião do BofA, os bancos devem, em breve, acelerar a originação de crédito, principalmente de linhas de maior risco, dando suporte ao crescimento da margem financeira (NII) em 2024.

No caso de empresas de pagamentos, o BofA acredita que elas devem se beneficiar pela queda nas despesas financeiras.

Paralelamente, o banco avalia que as seguradoras devem enfrentar resultados financeiros menores.

“As reservas de seguradoras estão majoritariamente investidas em instrumentos de renda fixa, o que leva a retornos menores”, afirma.

Como aproveitar uma Selic menor

O BofA ressalta que ações ligadas ao mercado de capitais superaram o Ibovespa nos ciclos de flexibilização anteriores, enquanto bancos eram inconsistentes e seguradoras apresentavam uma performance em linha com o mercado.

O banco faz questão de destacar que todos os subsetores estão com valuations descontados para os ciclos de afrouxamento anteriores.

A preferência recai sobre BTG Pactual (BPAC11), XP (XP) e B3 (B3SA3), todas com recomendação de compra. Dos bancões, Banco do Brasil (BBAS3) é o favorito. Já PagSeguro (PAGS) se destaca entre as empresas de adquirência.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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