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Bens de capital: WEG deve apresentar o resultado mais positivo do setor, estima Ágora

13 jul 2020, 15:18 - atualizado em 13 jul 2020, 16:30
Weg
A corretora estima que a receita líquida da Weg no segundo trimestre atingiu R$ 3,4 bilhões, enquanto o Ebitda e o lucro líquido chegaram a, respectivamente, R$ 572 milhões e R$ 368 milhões (Imagem: YouTube/Weg)

A WEG (WEGE3), que divulgará seus resultados em 22 de julho, deve apresentar os melhores números dentre as empresas de bens de capitais, avaliou a Ágora Investimentos. A corretora estima que a receita líquida do segundo trimestre atingiu R$ 3,4 bilhões, enquanto o Ebitda e o lucro líquido chegaram a, respectivamente, R$ 572 milhões e R$ 368 milhões.

“Esperamos que a depreciação do real mais do que compense os volumes mais baixos no segundo trimestre, levando ao crescimento da receita”, comentaram Victor Mizusaki e Luiza Mussi, analistas que assinam o relatório divulgado na sexta-feira (10). “É provável que as unidades de negócios de eletrodomésticos e tintas apresentem volumes cerca de 40% menores, enquanto outros segmentos de ciclo curto devem refletir uma demanda 20 a 25% menor, e os segmentos de ciclo longo continuam se beneficiando de uma forte carteira de pedidos”.

Na outra ponta, Iochpe Maxion (MYPK3) e Mahle Metal Leve (LEVE3) provavelmente divulgarão os maiores impactos da pandemia de covid-19, com a receita líquida da primeira caindo 65% no comparativo anual e da segunda retraindo 70%.

Sobre a Marcopolo (POMO4), a corretora espera que a receita líquida venha em R$ 666 milhões, o lucro líquido em R$ 33 milhões e o Ebitda em R$ 36 milhões.

“Com o segundo trimestre refletindo uma carteira de pedidos pré-covid-19, os volumes e margens ainda podem não
refletir totalmente a forte queda na demanda de ônibus esperada para 2020”, ressaltaram Mizusaki e Mussi.

A Randon é a ação top pick do setor para a Ágora, que estima uma receita líquida de R$ 902 milhões no período – queda de 31% (Imagem: Youtube/Randon)

A Randon (RAPT4) é a ação top pick do setor para a Ágora, que estima uma receita líquida de R$ 902 milhões no período – queda de 31%. O Ebitda deve atingir R$ 82 milhões, enquanto o lucro despencará 83%, para R$ 15 milhões.

“Após desacelerações em abril e maio, as vendas de implementos rodoviários de junho já devem retornar aos níveis pré-covid. Enquanto isso, as receitas de autopeças podem ser afetadas pelos OEMs (fabricantes de equipamento original), que recuperam gradualmente a produção de veículos”, complementaram os analistas.

Recomendações

A Ágora tem recomendação de compra para a Randon, com preço-alvo de R$ 13.

WEG e Iochpe ganharam recomendação neutra, com preços-alvos indicados de R$ 40 e R$ 15, respectivamente.

Para os papéis da Metal Leve e da Marcopolo, recomenda-se venda – preço-alvo de R$ 14 para a primeira e de R$ 2,40 para a segunda.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.