Política

Biden dirá a Xi Jinping que a China deve agir “dentro das regras mundiais” em encontro virtual nesta segunda

15 nov 2021, 11:25 - atualizado em 15 nov 2021, 11:25
Joe Biden
Biden está focado em escrever essas regras “de uma forma que seja favorável aos nossos interesses e valores e aos de nossos aliados e parceiros” (Imagem: Facebook/Joe Biden)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dirá ao líder chinês Xi Jinping que a China deve “seguir as regras da estrada” como uma nação responsável, disse um alto funcionário da administração dos EUA sobre a reunião virtual que acontece nesta segunda-feira entre os dois líderes mundiais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O diálogo em vídeo, iniciado por Biden e e que deve durar várias horas, deve se concentrar em definir os termos para a futura competição EUA-China , disse o oficial a repórteres.

Ambos os lados esperam que a mais longa conversa entre os líderes desde que Biden se tornou presidente, em janeiro deste ano, tornem a relação menos difícil.

Os Estados Unidos e a China, as maiores economias do mundo, discordam sobre as origens da pandemia Covid-19, a expansão do arsenal nuclear de Pequim e o aumento da pressão sobre Taiwan, entre outras questões.

“Esta é uma oportunidade para o presidente Biden dizer diretamente ao presidente Xi que espera que ele siga as regras, que é o que outras nações responsáveis fazem”, disse a autoridade dos EUA a repórteres, citando uma lista de preocupações norte-americas, incluindo a “coerção” econômica de aliados dos EUA e alegadas violações dos direitos humanos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Biden está focado em escrever essas regras “de uma forma que seja favorável aos nossos interesses e valores e aos de nossos aliados e parceiros”, disse o funcionário, acrescentando que as negociações com a China devem ser “substantivas e não simbólicas”.

“Esta não é uma reunião em que esperamos que os resultados imediatos”, acrescentou o funcionário.

As autoridades norte-americanas minimizaram a possibilidade de progresso em negociações comerciais, onde a China está atrasada em um compromisso de comprar 200 bilhões de dólares a mais em bens e serviços do país.

Também não está na agenda de Biden discutir tarifas sobre produtos chineses que Pequim e grupos empresariais esperam reduzir.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

‘Suspeita Profunda’

Xi, antecipando os Jogos Olímpicos e um Congresso do Partido Comunista no ano que vem, onde se espera que assegure um terceiro mandato, também está empenhado em evitar tensões aumentadas com os Estados Unidos, mas reprova a atuação norte-americana na questão de Taiwan.

“A questão de Taiwan é a linha vermelha definitiva da China”, escreveu o Global Times, um tabloide publicado pelo Diário do Povo do Partido Comunista, no editorial de segunda-feira.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse em um briefing na segunda-feira que “Espera-se que os Estados Unidos e a China se encontrem no meio do caminho, fortaleçam o diálogo e a cooperação, gerenciem efetivamente as diferenças, lidem de maneira adequada com questões delicadas e explorem formas de respeito mútuo e paz coexistência.”

Xi e Biden na semana passada delinearam visões concorrentes, com Biden enfatizando o compromisso dos EUA com um “Indo-Pacífico livre e aberto”, que Washington diz que enfrenta uma crescente “coerção” chinesa, enquanto Xi alertou contra um retorno às tensões da Guerra Fria.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Ambos os lados têm profunda suspeita um com o outro e estão tomando medidas substantivas para competir em economia, segurança e política”, disse Scott Kennedy, especialista em China do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington.

Os democratas no Congresso querem que Biden faça das medidas de redução de risco nuclear com a China uma prioridade, depois que o Pentágono informou que Pequim estava expandindo significativamente suas armas nucleares e programas de mísseis.

Pequim argumenta que seu arsenal é superado pelo dos Estados Unidos e da Rússia, e diz que está pronto para o diálogo se Washington reduzir seu estoque nuclear ao nível da China.

Taiwan deve ter um papel importante nas negociações, com Pequim e Washington cada vez mais em confronto sobre a ilha, que tem governo próprio, mas que a China afirma ser sua.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O governo Biden vem tentando conquistar mais espaço para Taiwan no sistema internacional. Pequim prometeu trazer a ilha de volta ao controle do continente pela força, se necessário.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na semana passada que Washington e seus aliados tomariam “ações” não especificadas se a China usasse a força para alterar o status quo de Taiwan, turvando ainda mais a política norte-americana de longa data de “ambiguidade estratégica” quanto a se os Estados Unidos responderiam militarmente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar