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Bitcoin (BTC) completa 14 anos de existência; veja algumas curiosidades

03 jan 2023, 11:16 - atualizado em 03 jan 2023, 11:16
Bitcoin BTC Bloco Genesis
O criador anônimo do bitcoin, Satoshi Nakamoto, colocou no bloco gênesis uma mensagem para o sistema monetário fiduciário, que ele considerava falido (Montagem: Leonardo Rubinstein Cavalcanti)

Há exatos 14 anos – 3 de janeiro de 2009, às 15:15 – o primeiro bloco da rede bitcoin foi minerado: o bloco Genesis. Nele, foi validada a emissão de 50 BTC.

Hoje, o bitcoin (BTC) completa mais um ano como um dos ativos que já ultrapassou US$ 1 trilhão em capitalização de mercado.

Sendo a primeira de todas, não houve nenhuma ajuda como corretoras, influenciadores ou grandes empresas falando sobre a criptomoeda. No início, o Bitcoin era uma teoria e uma ideologia.

O criador anônimo do bitcoin, Satoshi Nakamoto, colocou no bloco gênesis uma mensagem para o sistema monetário fiduciário, que ele considerava falido. Em meio aos códigos do primeiro bloco de Bitcoin minerado está uma citação da matéria do The Times de 3 de janeiro de 2009.

A manchete do jornal britânico dizia que mais dinheiro seria impresso para “salvar” os bancos comerciais “grandes demais para falir”. À época, o mundo tentava emergir da crise financeira global de 2008.

O motivo da citação de Satoshi é a ideologia que fundamenta a criptomoeda. Ou seja, o limite máximo de 21 milhões de unidades (escassez) e a possibilidade de ser usado sem necessitar de permissão (descentralização) transformaram o Bitcoin em uma ideologia para aqueles que dizem estar cansados da censura e da inflação monetária realizada por governos.

Curiosidades sobre o Bitcoin (BTC)

A identidade e paradeiro do criador – ou criadora ou ainda criadores – do “whitepaper” da criptomoeda é desconhecido até hoje.

Satoshi Nakamoto se manteve ativo em fóruns e trocas de emails para melhorar a circulação da criptomoeda até 2010. Desde então, o paradeiro do criador da criptomoeda é desconhecido.

A última aparição pública de Satoshi foi feita no blog “Bitcointalks” em 12 de dezembro de 2010. À época, ele desconfiava da ideia do WikiLeaks, organização sem fins lucrativos fundada por Julian Assange, de adotar a criptomoeda original, o que levaria o Bitcoin ao mainstream.

Satoshi acreditava que a rede não estava pronta para tal nível de adoção. “Faço este apelo ao WikiLeaks para não tentar usar o Bitcoin. Bitcoin é uma pequena comunidade beta em sua infância. Você [Wikileaks] não suportaria receber mais do que trocados e o calor que isso traria provavelmente nos destruiria neste estágio”, escreveu.

Já em 16 de setembro de 2021, a primeira estátua física em homenagem ao criador do Bitcoin foi inaugurada na Hungria.

Um fato curioso é que, no documento, o termo “blockchain” não é mencionado sequer uma vez. Ao invés disso, Satoshi utiliza o termo servidor timestamp. Uma marca de tempo na rede que evitaria o duplo gasto da moeda após ser validada.

Apesar do seu sumiço, mais de 300 propostas de melhoria ao código do Bitcoin foram propostas pela comunidade.

Os chamados BIPs (bitcoin improvement proposal) surgem com a ideia de melhorar falhas na criptomoeda que são percebidas conforme sua adoção e utilização.

Sobre isso, vale conferir a conversa do Crypto Times com Diego Zaldivar, programador e criador da RSK – uma rede de finanças descentralizadas em uma camada acima do Bitcoin:

Criptomoeda em criptoativo

As carteiras de Bitcoin que datam entre 2008 e 2009 são chamadas de carteiras da “era Satoshi” e não costumam apresentar muitas movimentações nos dias atuais.

Na época, a unidade do Bitcoin era cotada a cerca de US$ 1 e o minerador era recompensado com 50 BTC por fechar cada bloco.

A cada quatro anos, a emissão de novas unidades diminui pela metade, evento chamado de halving. Atualmente, a recompensa por bloco é de 6,25 BTC.

O próximo está previsto para maio de 2024, quando a recompensa do bloco cairá para 3,125 BTC. O fornecimento total de Bitcoin em circulação, ou seja, quando não existirá mais emissão de novas unidades, está programado para 2140, conforme cálculos Onchain.

Quer saber mais sobre a mineração de Bitcoin?

Confira a conversa do Crypto Times com os fundadores da Artur Mining, mineradora de Bitcoin:

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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