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Bitcoin (BTC) sofre ajuste de preços hoje com alívio momentâneo da guerra comercial; gráfico mostra como criptomoedas devem se comportar na crise

24 abr 2025, 9:35 - atualizado em 24 abr 2025, 9:35
Bitcoin ultrapassou US$ 100.000, com os investidores antecipando uma desaceleração da inflação e potenciais políticas positivas para as criptomoedas com o presidente eleito nos EUA, Donald Trump.
A imprevisibilidade gerada pelas oscilações nas tarifas causa aversão ao risco, o que se reflete no comportamento de grandes gestoras de ETFs (isto é, fundos negociados em bolsa) de bitcoin nos Estados Unidos.

O bitcoin (BTC) é negociado na casa dos US$ 92 mil, com queda de quase 1% nesta manhã de quinta-feira (24). O recuo faz parte de um movimento de correção do mercado de criptomoedas após os ganhos do dia anterior.

Nos mercados tradicionais, as bolsas asiáticas fecharam com resultados mistos. Tanto o mercado europeu quanto os futuros de Wall Street operam no vermelho.

Os investidores continuam monitorando os desdobramentos da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

“O movimento é impulsionado por sinais de negociações comerciais ‘ativas’ com a China e pela possibilidade de redução das tarifas de 145% para algo entre 50% e 65%. No entanto, ainda persistem incertezas sobre o prazo e os termos dessa redução”, comenta André Franco, CEO da Boost Research. 

Para ele, o movimento reflete a correlação com ativos de risco, como ações, em vez de seguir o comportamento do ouro, que voltou a subir após dois dias de queda.

“A ausência de novos catalisadores macroeconômicos ou regulatórios sugere que o bitcoin deve se manter estável no curto prazo, com possibilidade de recuperação caso o apetite por risco volte a crescer ou se as incertezas comerciais persistirem”, comenta Franco. 

Veja o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:

# Nome (Símbolo) Preço (USD) Variação 24h (%) Variação 7d (%) Variação YTD (%)
1 Bitcoin (BTC) US$ 92.614,25 -1,15% 9,26% -0,84%
2 Ethereum (ETH) US$ 1.752,23 -3,28% 9,59% -47,40%
3 Tether (USDT) US$ 1,00 0,01% 0,04% 0,22%
4 XRP (XRP) US$ 2,16 -4,59% 2,64% 4,03%
5 BNB (BNB) US$ 597,68 -2,38% 1,83% -14,74%
6 Solana (SOL) US$ 148,19 -2,43% 10,68% -21,69%
7 USDC (USDC) US$ 0,9999 0,01% 0,00% 0,00%
8 Dogecoin (DOGE) US$ 0,1736 -5,14% 10,78% -45,01%
9 Cardano (ADA) US$ 0,6896 -2,11% 11,26% -18,26%
10 TRON (TRX) US$ 0,2446 -0,62% -1,42% -3,75%

Fonte: Coin Market Cap

Os grandes movimentos do bitcoin (BTC)

A imprevisibilidade gerada pelas oscilações nas tarifas causa aversão ao risco, o que se reflete no comportamento de grandes gestoras de ETFs (isto é, fundos negociados em bolsa) de bitcoin nos Estados Unidos.

Um levantamento do Crypto Rank identificou dois momentos de grandes movimentações por esses investidores: logo após a aprovação dos primeiros ETFs de bitcoin à vista nos EUA, no início de 2024, e mais tarde, no mesmo ano, com a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA.

Nos meses entre esses eventos, as compras desses investidores permaneceram relativamente estáveis.

Esse padrão sugere que investidores institucionais são motivados principalmente por eventos significativos que afetam o mercado.

Possíveis catalisadores futuros incluem a flexibilização da política monetária do Federal Reserve, a aprovação de ETFs de Bitcoin em grandes mercados como Europa e Ásia e avanços na escalabilidade ou funcionalidade da rede Bitcoin.

Com a agenda relativamente vazia hoje, os investidores devem aguardar novidades sobre a política tarifária de Donald Trump.

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
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