Bitcoin (BTC) cai quase 10% hoje de olho nos juros dos Estados Unidos; veja preços das criptomoedas nesta sexta-feira (21)
O bitcoin (BTC) é negociado na casa dos US$ 82 mil na manhã desta sexta-feira (21), com uma queda de quase 10% nas últimas 24h.
O mercado global de criptomoedas opera em baixa, com perdas de mais de 15% nos últimos sete dias.
A aversão global ao risco pressiona os ativos hoje, refletindo o cenário no mercado tradicional.
Na Ásia, as bolsas fecharam em queda de mais de 2%, marcando a maior baixa semanal desde abril. Na Europa, os principais índices também recuam e os futuros de Wall Street avançam nas primeiras horas do dia.
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O que movimenta o mercado hoje e pressiona os preços dos ativos de risco é a perspectiva de que o corte de juros nos Estados Unidos não aconteça na reunião de dezembro, como era amplamente esperado por investidores e analistas.
Com isso, mais de US$ 2 bilhões em contratos futuros foram liquidados no mercado de criptomoedas, de acordo com o CoinGlass.
Veja o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:
| # | Nome | Preço | 24h % | 7d % | YTD % |
|---|---|---|---|---|---|
| 1 | Bitcoin (BTC) | US$ 82.686,86 | -9,73% | -14,02% | -11,47% |
| 2 | Ethereum (ETH) | US$ 2.703,03 | -10,16% | -13,94% | -18,86% |
| 3 | Tether (USDT) | US$ 0,9987 | -0,06% | -0,11% | 0,07% |
| 4 | XRP (XRP) | US$ 1,89 | -10,07% | -16,45% | -8,78% |
| 5 | BNB (BNB) | US$ 818,44 | -9,03% | -10,00% | 16,75% |
| 6 | USDC (USDC) | US$ 0,9996 | 0,01% | -0,02% | -0,03% |
| 7 | Solana (SOL) | US$ 125,57 | -11,36% | -10,88% | -33,64% |
| 8 | TRON (TRX) | US$ 0,2763 | -3,42% | -5,69% | 8,70% |
| 9 | Dogecoin (DOGE) | US$ 0,1381 | -12,15% | -14,48% | -56,22% |
| 10 | Cardano (ADA) | US$ 0,4050 | -12,78% | -21,10% | -51,99% |
Fonte: Coin Market Cap.
Bitcoin (BTC) e os riscos do cenário macroeconômico
O principal fator por trás dessa aversão é a divulgação do payroll, o relatório de emprego mais importante dos EUA, que veio muito aquém do esperado durante o feriado no Brasil.
Em setembro, foram criadas 119 mil vagas, superando a projeção de 51 mil, mas os dados de agosto foram revisados drasticamente, passando de 22 mil contratações para 4 mil demissões. Além disso, a taxa de desemprego atingiu o nível mais alto em quase quatro anos.
Os números mostram uma fraqueza do mercado de trabalho norte-americano, o que reforçaria a tese de que um corte de juros seja necessário para estimular a economia.
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No entanto, a ata da mais recente reunião do Fomc, o Copom dos EUA, expôs divisões internas sobre a política monetária, aumentando a incerteza sobre o futuro dos juros.
Do mesmo modo, as dúvidas sobre os efeitos do shutdown na economia americana reforçam o temor de que o corte de juros em dezembro não aconteça. A chance de redução nas taxas, que era superior a 90% no mês passado segundo o CME Group, caiu para 43%.
A perspectiva de juros mais altos por mais tempo nos EUA pressiona os ativos de risco, ofuscando até mesmo um afrouxamento na guerra comercial. Donald Trump, presidente dos EUA, retirou as tarifas de 40% sobre produtos brasileiros, uma medida que pode ter impacto nos mercados locais, mas sem grandes efeitos macroeconômicos.