Cruz da Morte: entenda o padrão que pode atrasar a busca do bitcoin (BTC) por novas máximas

O mercado das criptomoedas é famoso pela sua alta volatilidade. Recordes de preço são frequentemente seguidos por quedas acentuadas, sem que isso diminua o entusiasmo dos fãs do bitcoin (BTC), ethereum (ETH) e demais tokens baseados em suas blockchains. Até que surge a chamada “cruz da morte”.
No dia 13 de agosto, o bitcoin atingiu sua maior cotação histórica, chegando a US$ 124.457,12. Muitos especialistas interpretaram esse valor como o começo de uma nova escalada, prevendo que o bitcoin poderia chegar a US$ 150 mil, US$ 200 mil ou até dobrar seu valor. No entanto, nas últimas semanas, a principal criptomoeda encontrou dificuldades para manter esse patamar.
Na manhã desta segunda-feira, o preço do bitcoin estava em torno de US$ 108 mil, representando uma queda de 12,5% em relação ao recorde recente. Além de um movimento natural de realização de lucros após máximas históricas, o momento positivo do bitcoin parece ter esgotado seu vigor.
Essa percepção é reforçada por uma análise de gráficos da CryptoQuant.
O bitcoin formou um padrão conhecido como “cruz da morte” entre as médias móveis de 30 e 365 dias.
Esse padrão aparece no gráfico do indicador chamado MVRV (valor de mercado sobre valor realizado), que compara a capitalização atual do bitcoin ao custo total de todas as moedas em circulação. O MVRV é amplamente utilizado para avaliar se uma criptomoeda está com preço acima ou abaixo do seu “preço justo”.
A cruz da morte acontece quando a média móvel dos preços dos últimos 30 dias cruza para baixo a linha ascendente da média móvel dos últimos 365 dias.
Esse movimento indica uma tendência de maior fraqueza do bitcoin no curto prazo, caso não ocorra uma reversão.
Vale destacar que essa não é a primeira vez que o bitcoin passa por uma cruz da morte. As primeiras ocorreram em 2013 e 2017, momentos que interromperam ciclos significativos de alta no mercado cripto. O mesmo padrão apareceu também em 2021, após o bitcoin se aproximar de US$ 69 mil.
Além disso, como o mercado de criptomoedas é descentralizado, a análise da CryptoQuant pode divergir das avaliações de outras fontes.
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