Criptomoedas

Bitcoin (BTC) despenca após ataques no Oriente Médio

15 abr 2024, 15:07 - atualizado em 15 abr 2024, 15:07
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Bitcoin teve tombo no sábado, após ataque a Israel (Imagem: REUTERS/Amir Cohen)

O preço do Bitcoin (BTC) teve queda de 7% no último sábado (13), após o ataque aéreo de Irã contra Israel. A criptomoeda chegou a atingir a cotação de US$ 60,908 em sua maior baixa.

Desde que atingiu seu preço recorde (US$ 73,750), em 24 de março, a moeda caiu 12,4%.

Às 14h desta segunda-feira (15), a criptomoeda operava em alta de 1,55%, referente às últimas 24 horas, a US$ 64,522.



Não só o Bitcoin, mas outras criptomoedas vêm sofrendo com quedas. As moedas Ethereum (ETH) e Solana (SOL) chegaram a cair, respectivamente, 9% e 18% no fim de semana. Com o aumento das tensões geopolíticas, o mercado permanece mais cauteloso, com uma grande aversão a riscos.

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Cenário dos conflitos do Oriente Médio

A rivalidade entre Israel e Irã já é de longa data, envolvidos em guerras paralelas há anos. Apesar disso, é a primeira vez que Teerã ataca diretamente o território israelense. No total, mais de 300 projéteis foram lançados, mas 99% foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea de Israel e seus aliados.

O ataque deste fim de semana, de acordo com a missão do Irã na ONU, foi uma resposta à agressão do regime sionista contra instalações diplomáticas iranianas, em Damasco, capital da Síria.

A ofensiva atribuída às forças israelenses causou a morte de membros da Guarda Revolucionária, força de elite iraniana, incluindo o general Mohammad Reza Zahedi, comandante das Forças Quds.

“Nós lançamos uma operação usando drones e mísseis em resposta ao crime da entidade sionista de alvejar o consulado iraniano na Síria. A operação foi realizada com dezenas de mísseis e drones para atacar alvos específicos nos territórios ocupados [como o Irã se refere a Israel]”, disse um comunicado da Guarda Revolucionária Islâmica.

Enquanto isso, Israel está presente no conflito com a Palestina, o qual perdura desde 1987 e se agravou com a invasão de militantes do Hamas no território israelense em 7 de outubro de 2023. Após isso, Israel permanece em retaliação, fazendo diversos ataques na Faixa de Gaza.

Os Estados Unidos, que começavam a pressionar o Estado judeu pela operação militar em Gaza, saíram em defesa de seu aliado, prometendo “dar apoio à defesa de Israel contra o Irã”. Em contrapartida, os aliados do país iraniano demonstraram apoio.

O movimento libanês Hezbollah e os rebeldes Houthis, do Iêmen, lançaram foguetes e drones contra Israel em uma ação coordenada partindo de diferentes frentes do chamado Eixo da Resistência. Com isso, as forças israelenses permanecem em alerta máximo e “monitorando todos os alvos”, de acordo com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
marcela.malafaia@moneytimes.com.br
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.