Bitcoin (BTC) é ‘grande bateria’ que fez cidade de Xique-xique, na Bahia, florescer, diz CEO de empresa de mineração de criptomoeda
A cidade que virou meme na internet — a famosa Xique-xique (BA) — pode passar a ser conhecida como o principal polo de mineração de bitcoin (BTC) do Brasil. É o que garante Stefano Sergole, CEO da empresa de mineração de criptomoedas Minter e co-fundador da Hashdex.
Durante o evento OranjeBTC Summit, promovido pela OranjeBTC (OBTC3) nesta quinta-feira (6), Sergole explicou que o bitcoin pode ser resumido a uma “grande bateria” porque consome grandes quantidades de energia elétrica.
“O sistema bitcoin, com seus data centers, age como um aspirador de elétron abençoado, que leva o poder econômico para onde não tem”, diz Sergole.
Como exemplo, o executivo comentou sobre uma das plantas de mineração da Minter na cidade. Isso porque a atividade exige não apenas muita energia, mas também que ela seja barata e que o valor dos imóveis tem de ser acessível para a atividade ser rentável.
E Xique-xique atende a esses dois requisitos.
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Ele ainda afirma que a planta da Minter está gerando emprego para cerca de 20 famílias na cidade, com um fenômeno local, no mínimo, curioso: as pessoas passaram a se casar para oferecer planos de saúde às esposas — consequência do impacto econômico e social da atividade na região.
Bitcoin (BTC) é uma ‘superbateria’ — e o Brasil, um ‘supercarregador’
Além disso, Sergole rebateu críticas de que o consumo de energia da rede do bitcoin é elevado.
“O consumo do protocolo bitcoin é de cerca de 20 GW (gigawatt) de energia. Mas a capacidade instalada do Brasil é de aproximadamente 200 GW, dos quais a gente efetivamente usa uma média de 70 a 80 GW”, comenta.
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Ele explica que esse excedente de energia poderia ser voltado para a mineração de criptomoedas sem afetar os preços para o consumidor final. “O consumo do sistema bitcoin representa algo perto de 10% de toda capacidade instalada do Brasil”, diz.
Além do executivo da Minter, estavam no painel Henry Oyama, diretor de estratégia de investimentos da Hashdex, Luiz Ayala, diretor de vendas da BitGo para a América Latina, com o painel moderado por Guiga Ferreira, CFO da OranjeBTC.