Bitcoin (BTC) desanima em US$ 19 mil, mas encontra forças para o final de semana

Nesta sexta-feira (1), o Bitcoin (BTC) apresentou quedas, perdeu o suporte de US$ 20 mil logo pela manhã e passou grande parte do dia na região de US$ 19 mil. Todavia, a variação diária da criptomoeda é positiva em 2,78%.

O Ether (ETH), criptoativo da rede de contratos inteligentes da Ethereum, também segue o dia positivo em 3,97%, e atualmente está sendo cotado a US$ 1.072.

Segundo dados do CoinMarketCap, a capitalização de mercado da somatória de todos criptoativos sobe 2,55% no dia, e fica no patamar de US$ 876,09 bilhões.

O bitcoin diminuiu a dominância de mercado em cima do Ether, e o Ether diminuiu sua dominância sobre o mercado. A dominância do bitcoin e do ether é de, respectivamente, 42,4% e 14,9%.

Índice “Fear & Greed” – como está o sentimento de medo no mercado?

O índice “Fear & Greed”, ou medo e otimismo, busca representar estes sentimentos que rondam o mercado. A escala do índice é de 0 a 100 pontos, onde quanto mais próximo de zero o medo é extremo, e de 100 o otimismo, reina:

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O índice está, desde ontem, parado em 11 pontos, e parece que fechará a sexta-feira assim.

Dados Onchain do Bitcoin (BTC)

Segundo o site de análise de dados da blockchain, Blockchain.com, a taxa de hash – capacidade máxima que um minerador pode produzir – por segundo, aumentou desde ontem para 207,262 EH/s.

Hoje, a blockchain da criptomoeda contou com cerca de 268.707 transações confirmadas na rede e se estima um volume de 226.766 BTC movimentados nessas 24 horas.

Análise de mercado

Guilherme Bento, especialista em criptomoedas da Acqua Vero, comenta que desde o início de 2022, o BTC perdeu mais de 60% do seu valor, o ETH e outras criptomoedas chegaram a perder mais de 70%.

“Nesse ínterim, já enfrentamos períodos de bear market, porém, nesse novo ciclo de queda de mercado das criptos que vem se desenhando, ao que tudo indica, o pior parece ter passado, com mais de US$ 2,4 bilhões de dólares sendo liquidados”, diz.

Ainda assim, para ele, por mais desafiador que seja cravar qualquer tipo de cenário, observou-se um grande desinteresse de Venture Capital em investir nesse mercado até o final do primeiro trimestre desse ano.

“Qualquer player no mercado diria que este é o pior momento para estar exposto a criptomoedas nos últimos anos, mas ao contrário do que muitos investidores acreditam, esse pode ser o momento com mais oportunidades para conseguir lucrar no longo prazo, mesmo com possíveis recessões e bancos centrais tendo que intervir em suas economias, ainda é possível ver um caminhão de dinheiro sendo injetado neste mercado, mais de US$ 30 bilhões de dólares de Venture Capital”, explica.

Isso só deixa cada vez mais claro que o mercado cripto está cada vez mais consolidado e que muitos investidores ainda querem tentar abraçá-lo, considerando a sua baixa exploração até então, conforme diz.

“Por fim, em cada ciclo de mercado o BTC vem se provando antifragil. Quando todos os investidores pensam que esse ativo está morto, ele volta com mais força e prova seu valor para o longo prazo”, finaliza.

Finanças descentralizadas (DeFi)

O setor de finanças descentralizadas (DeFi) continua sofrendo quedas. O valor total travado em DeFi, segundo o site Defillama, é de U$ 87,39 bilhões, uma variação diária negativa de 1,25%.

O protocolo que tem a maior dominância, em termos de TVL, é a Aave (AAVE), plataforma de empréstimos descentralizados, com uma porcentagem de 11,02% de participação no mercado DeFi e US$ 9,63 bilhões travados no protocolo para liquidez. Uma variação diária de 1,24% positivo em seu TVL.

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