Bitcoin (BTC) chega aos US$ 150 mil até o final do ano? Eis as apostas de dois especialistas
Adivinhar o preço de ativos no futuro é sempre uma tarefa árdua.
Apesar disso, Guilherme Prado, diretor de operações da Bitget, e Valter Rebelo, analista da Empiricus, não fugiram da raia e deram suas projeções para o bitcoin (BTC) até o fim do ano, durante evento realizado pelo Crypto Times nesta sexta-feira (24).
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Prado, porém, mantém cautela. “Eu gostaria de falar em US$ 150 mil. Porém, não estou tão confiante no mercado assim. Posso estar errado, mas ainda acredito que ele vai ficar lateralizado.”
Segundo ele, faltam catalisadores positivos no curto prazo. “Essas pernadas absurdas ficaram mais raras — a não ser que o Trump fale ‘comprem agora!’, como vimos há alguns dias”, brinca.
Macro pode trazer bons ventos
Rebelo, por outro lado, acredita que o cenário macroeconômico pode impulsionar o bitcoin e levá-lo, sim, à casa dos US$ 150 mil.
“Qual é o cenário agora? É um cenário de shutdown, ou seja, ausência de notícias relevantes. Mas, se olharmos desde julho, é um contexto de crescimento sólido”, afirma.
Ele lembra que os spreads de crédito — o diferencial entre crédito privado e público — estão comprimidos, o que significa baixo risco de crédito.
“Se o risco de crédito está baixo e a inflação, estável, tenho duas informações preciosas: pouco risco de crédito e risco de duration controlado. Ao mesmo tempo, o Fed [BC dos EUA] está baixando os juros. Esse é o mecanismo que leva capital de ativos de menor risco para ativos de maior risco”, completa.
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Esse movimento, diz o analista, explica a boa performance das bolsas norte-americanas e das criptomoedas.
“Se você não tem uma perspectiva positiva para a bolsa americana, não pode ter para o bitcoin, porque os dois andam juntos. Essa relação sempre converge.”
Segundo Rebelo, o bitcoin ainda está descontado em relação à Nasdaq, o que reforça seu otimismo.
“Então, eu tô super bullish [otimista]. Pra não teorizar demais, acho que 150 mil é algo factível pro final do ano.”