Black Friday: Pesquisa do Mercado Livre aponta busca por moda e tecnologia e intenção de gasto de R$ 2 mil; entenda

O Mercado Livre (MELI34) realizou uma pesquisa com o Mercado Pago e o Mercado Ads para mapear o cenário da Black Friday e Copa do Mundo, bem como o comportamento e intenção de compra do consumidor.

A pesquisa aponta que 80% afirmaram que vão comprar na Black Friday de 2022, um aumento de 10 pontos percentuais em relação à 2021.

Além disso, 59% das pessoas que não compraram em 2021 pretendem comprar em 2022 e 68% pretendem antecipar as compras do Natal.

“Teremos em 2022 uma Black Friday completamente diferente de todas, com um mundial de futebol acontecendo junto a data mais importantes do varejo. Segundo dados de Mercado Ads, 80% dos nossos usuários pretendem comprar online na data. Neste cenário, estamos falando agora de um consumidor mais exigente, porque ele já teve experiência da última Black Friday”, diz Fabiana Manfredi, diretora sênior de Mercado Ads.

A pesquisa foi feita em parceria com o Instituto Ipsos, mesclando dados coletados em julho de 2022 e dados internos do Mercado Livre, de 22 a 28 de novembro de 2021.

Para o estudo, foi elaborado um questionário respondido por mais de 10.500 usuários do banco digital e do marketplace de 26 a 30 de setembro.

Categorias mais buscadas

O estudo identificou quais são as categorias mais buscadas na Black Friday deste ano, que incluem itens comuns de época de troca do mundo, como televisores.

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Moda e tecnologia serão as categorias mais buscadas durante a data, com 48% e 44% das intenções, respectivamente. As categorias de eletrodomésticos, beleza e cuidado pessoal aparecem logo atrás, com 30% de intenções cada.

O levantamento evidencia ainda a intenção de consumo por faixa etária:

• Moda – 18 a 29 anos
• Tecnologia – 30 a 44 anos
• Eletrodomésticos – 30 a 65 anos
• Beleza e cuidado pessoal – 18 a 29 anos

Black Friday e Copa do Mundo

Com um mapeamento focado no mundial, a pesquisa identificou que:

• 47% das pessoas irão comprar TV ou celular;
• 34% irão comprar cerveja e picanha;
• 28% irão comprar camisa da seleção + vuvuzela;
• 36% outros itens relacionados à Copa do Mundo;
• 22% nenhum item com foco no mundial.

Consumidores pretendem gastar mais

Segundo levantamento do Mercado Pago e a apresentação de Daniel Davanço, diretor sênior de pagamentos, em coletiva com jornalistas, houve aumento da busca por produtos de alto valor agregado. Com isso, o estudo mapeou que 8 em cada 10 pessoas entrevistadas pretendem gastar até R$ 2 mil.

Nas compras deste ano, 85% dos consumidores pretendem realizar parcelamento, sendo que o cartão de crédito ainda é dominante quando se trata desta função.

Apesar disso, foi identificado que os brasileiros têm intenção de optar por parcelamentos de médio prazo, com 42% que pretendem realizar até 6 parcelas, 27% até 3, 26% até 12 e apenas 5% pretendem realizar mais de 12 parcelas.

Pix ganha mais espaço nesta Black Friday

Daniel aponta ainda que o Pix trouxe quase 700 mil usuários para o Mercado Livre e o Mercado Pago apenas no segundo trimestre, e segue tendo um papel importante também para esta Black Friday sob ponto de vista de experiência e eficiência de consumidores e vendedores.

“O cartão de crédito continua sendo o meio de pagamento preferido, e considerado uma importante ferramenta para o planejamento do consumidor que pretende comprar itens de ticket-médio maior, mas sem perder as parcelas de vista”, explica Davanço.

A pesquisa conduzida pelo Mercado Pago também revela que a credibilidade na data avançou e 71% dos respondentes esperam encontrar mais descontos do que no ano anterior.

Festa do varejo

Fabio Fares, especialista em macroeconomia da Quantzed, espera uma verdadeira “festa do varejo” no período da Copa aqui no país, com um consumo acelerado de pessoas que querem aproveitar o momento.

Gustavo Pazos, analista da Warren, cita o segmento de vestuários esportivos e de bebidas como os principais beneficiados durante o evento no Brasil.

O Grupo SBF (SBFG3), dono da Centauro, e a Track & Field (TFCO4), podem ser destaques nesse contexto, já que as pessoas compram mais roupas de esportes e da seleção, além da Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34) avalia Pazos.

Para Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital Investimentos, a Copa do Mundo ainda pode aquecer a atividade de empresas de alimentos, como Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3), por estarem fortemente ligadas aos momentos de socialização do evento.

Além disso, empresas de varejo como Magazine Luiza (MGLU3) e VIA (VIIA3) tendem a se beneficiar com a compra de televisores maiores ou mais modernos por parte dos torcedores.

* Com Iasmin Rao Paiva

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